Onde investir em 2025: ESG é oportunidade?

A XP emitiu o seu relatório “Onde Investir em 2025”, citando diversas perspectivas para o mercado financeiro no novo ano. E uma das tendências, de acordo com a casa, é a agenda ESG.

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Os analistas afirmam que, em meio a uma série de ventos macroeconômicos e geopolíticos ao longo de 2024, a agenda ESG mostrou resiliência, conseguindo evoluir como um aspecto-chave na tomada de decisões dos investidores.

“À medida que nos aproximamos de 2025, os temas ESG, mesmo considerando a natureza inerente de longo prazo, estão cada vez mais associados a novas oportunidades de investimento”, diz a XP em relatório sobre onde investir em 2025.

Confira a seguir as cinco principais tendências ESG destacadas pela XP:

Impulso da transição energética ganha força

A necessidade da transição para fontes de energia limpa nunca foi tão grande, diz a XP, principalmente devido ao aumento contínuo nas emissões globais de CO2 provenientes da geração e uso de energia, bem como ao incremento substancial nas temperaturas médias globais.

Nesse contexto, os analisas veem um cenário cada vez mais propício para essa transição energética, com os investimentos em projetos de energia limpa já superando os voltados aos combustíveis fósseis.

Para 2025, a casa espera uma aceleração nos investimentos dedicados à transição para uma economia de baixo carbono, principalmente via projetos de eficiência, armazenamento e infraestrutura, com o Brasil desempenhando um papel na busca pela descarbonização global.

Avanço da inteligência artificial eleva a demanda por energia

A XP afirma que à medida que a inteligência artificial avança, aumentam as expectativas em torno de seu potencial para auxiliar o mundo no combate às mudanças climáticas. No entanto, a casa pondera que a rápida expansão da infraestrutura relacionada à IA, especialmente os data centers, também tem chamado a atenção dos investidores, dado o seu impacto ambiental no que diz respeito ao consumo de energia.

Em resposta, os analistas destacam que as principais empresas de tecnologia estão se voltando para fontes de energia limpa para abastecer tais data centers, com o Brasil bem posicionado para se tornar um importante fornecedor adiante.

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Governança como um fator crítico para os acionistas

Os analistas destacam que, diferente de outros países, o Brasil carece de uma cultura robusta de ativismo acionário, com o relacionamento com as empresas investidas muitas vezes não sendo a prioridade das gestoras.

No entanto, a XP afirma que nota um progresso constante, embora lento, com um número crescente de investidores assumindo um papel ativo junto a suas empresas investidas.

Olhando adiante, a casa vê três fatores principais impulsionando esse movimento: iniciativas globais para engajamento coletivo; mudança regulatória; e correlação entre uma sólida governança e desempenho.

Ano marca metade de uma década decisiva para a ação climática

A XP cita que muitas empresas fizeram grandes promessas climáticas no início da década de 2020, definindo o ano de 2030 como prazo comum. Logo, o relatório afirma que essa década é fundamental para a ação climática.

Por outro lado, à medida que a metade dessa década se aproxima, a XP afirma que traduzir as metas em ações tangíveis continua sendo o principal desafio.

Nesse caso, dizem os analistas, é provável que 2025 seja um ano decisivo para as empresa monitorarem o quanto elas estão avançando no cumprimento dos objetivos preestabelecidos, ao mesmo tempo em que, do ponto de vista dos investidores, a XP espera um maior foco na busca por maneiras de responsabilizar as companhias pelos compromissos assumidos.

Preparativos do Brasil para sediar a COP30

A posição do Brasil como anfitrião da COP30 oferece uma oportunidade única de incentivas compromissos mais ambiciosos por parte das diferentes nações, afirma a XP.

Entre os termas que devem centralizar as discussões, a casa antecipa: uso da terra e desmatamento; biodiversidade e contabilidade do capital natural.

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Guilherme Serrano

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