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ESG não é coisa de ambientalista ou da moda, dizem gestores

Anbima tem agora 22 fundos ESG

Fonte: Pixabay.

De tempos em tempos, aparecem no mercado modismos que, logo, desaparecem na mesma velocidade. Apesar de carregar um pouco de ceticismo por parte de gestores mais conservadores, o ESG (padrões ambientais, sociais e de governança, na sigla em inglês) não deve seguir esse caminho.

De acordo com a avaliação de gestores que participaram nesta quarta-feira (26) do evento TAG Summit 2020, esses padrões de governabilidade social e ambiental não devem acabar e irão, sim, fazer parte das empresas. “ESG não é coisa de ambientalista ou moda, mas sim de gestão responsável”, disse Alessandra Cardoso, estrategista de investimentos institucional, sobre o ESG.

Segundo os investidores, antes da tomada de decisão, as gestoras já olham para as empresas pelo prisma dos padrões sociais e ambientais. ” O Itaú Asset olha para os padrões de ESG e deve continuar, cada vez mais, com esse compromisso”, disse Alexandre Gazzotti, do Itaú Asset Management.

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Para Sônia Favaretto, SDG Pioneer, do Pacto Global das Nações Unidas, os fundos que levam em conta o ESG já performam melhor do que os que não adotam essa política como métrica.

“Os índices de sustentabilidade, em geral, já performam melhor. E, agora, já venho usando o EESG, com o E do econômico junto, porque, na linguagem, a gente começa a aproximar os mundos e entender que as questões ESG são impactadas pelas questões financeiras”, disse Sônia Favaretto, SDG Pioneer, do Pacto Global das Nações Unidas.

A opinião é compartilhada por Michaela Zhirova, do Nordea Asset Management. “Nessa ultima crise, vimos que nosso fundo ESG teve um desempenho mais forte do que os outros”, disse ela.

ESG: quem ficar de fora terá mais custos e menor valor

De acordo com os gestores presentes no evento, os custos de captação de dinheiro para empresas que não cumpram os padrões ESG já começaram a subir -e devem piorar.

“Tem um relatório do Morgan Stanley que mostra que companhias de óleo e petróleo viram os custos de captação subir até 200 based points, enquanto os custos de empresas limpas caíram. Ou seja, setores que têm o ESG melhor conseguem captar dinheiro mais barato no mercado”, disse Will Landers, do BTG Pactual Asset Management.

Para Alessandra Cardoso, estrategista de investimentos institucional, a mensagem às companhias é clara. “Empresas que não melhorarem os ESG devem começar a ter impactos nos custos de financiamento”, disse.

Além disso, há também um risco de imagem que pode desvalorizar as empresas perante investidores. “Há um risco de imagem, que pode mudar o valor dela e como a companhia consegue se capitalizar”, disse Cardoso sobre o ESG.

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