ESG: maior desafio dos bancos é o ambiental, diz presidente do Banco do Brasil (BBAS3)
O presidente do Banco do Brasil (BBAS3) Fausto Ribeiro disse, em evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), na terça-feira (9), que o maior desafio dos bancos em relação ao ESG é o ambiental. Fausto considerou que “os outros dois eixos estão bem encaminhados”, referindo-se à questão social e de governança. “Na parte social, os bancos já são atuantes e nós temos uma governança sólida”, declarou.
Ribeiro acrescentou que os bancos precisam oferecer meios para ajudar agricultores a ter rentabilidade sem prejudicar o meio ambiente. “Temos uma carteira de quase R$ 100 bilhões em crédito que geram baixo carborno. Por que não securitizar esses créditos e oferecer ao mercado para financiar a agricultura a preços mais baixos”, perguntou.
Ainda sobre as práticas ESG, Fausto Ribeiro explicou que os bancos podem criar alternativas financeiras para explorar o potencial produtivo do território brasileiro. “Que país do mundo tem 66% do território sem gerar riqueza e renda? Há um potencial enorme da gente trazer para esse jogo os agricultores brasileiros, que se tornam protagonistas nesses processos”, pontuou o presidente do BB, destacando produtos como os créditos de carbono.
As afirmações foram dadas durante um painel que juntou os executivos de três dos principais bancos brasileiros para discutir a nova realidade global e a inovação acelerada. O ESG (sigla para Environmental, social and Governance) é um conjunto de medidas corporativas para melhorar suas práticas nas áreas ambiental, social e de governança. A nova presidente da Caixa, Daniela Marques, também participou do painel, mas precisou se ausentar antes que a discussão sobre sustentabilidade entrasse no debate.
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O presidente do Banco Bradesco, Octavio de Lazari Jr. afirmou que o ESG é um caminho sem volta para as empresas e bancos. O executivo apontou, no entanto, que a velocidade na adoção dessas práticas ainda é “muito lenta”.
“O social tem que estar resolvido. Problema de renda, educação e saúde precisa ser resolvido”, disse Lazari. “De alguma maneira, a gente precisa engajar o time inteiro, inclusive os clientes, para que o ESG se torne uma verdade consolidada porque a velocidade ainda é muito lenta”, pontuou.