O dólar vem mostrado alta relevante nas últimas semanas, ao romper a barreira dos R$ 5 e mostrar seu maior patamar de preço em janelas de meses.
Segundo o CEO da gestora Multiplike – que movimentou R$ 30 bilhões em crédito nos últimos ano -, Volnei Eyng, a escalada do dólar faz o investidor voltar à renda fixa.
O especialista explica que a alta do dólar na véspera – quando subiu a R$ 5,15 – está mais relacionada às condições do mercado internacional do que aos movimentos internos.
“Os últimos dias no Brasil foram bastante calmos e mesmo assim o ativo apresentou grande oscilação”, diz.
Ou seja, segundo Eyng, a força da moeda, nesta semana, se pauta nos movimentos do Federal Reserve (Fed, banco central americano), em especial na força dos juros altos, com a autoridade monetária de lá sinalizando a manutenção dos patamares elevados.
Nesse contexto, dados da da B3 (B3SA3) mostram que o número de investidores em produtos de renda fixa cresceu 34% em um ano.
Os dados dizem respeito ao primeiro trimestre de 2023 e a bolsa de valores afirma que a modalidade atraiu 4 milhões de novos investidores em 12 meses, chegando a 15,3 milhões de pessoas.
Para Volnei, esses dados mostram com clareza que os juros altos fazem com que o investidor se volte para a renda fixa, ou seja, a Bolsa acaba perdendo aderência e outros produtos de investimento surgem no radar dos brasileiros.
Cotação do dólar
O dólar cai 0,57% no intradia desta quarta-feira (4), a R$ 5,13. No acumulado dos últimos 30 dias, a moeda americana sobe 4%, e em um ano acumula baixa de 2,5%.