Após Ernesto Araújo pedir demissão do cargo de ministro das Relações Exteriores, Fernando Azevedo e Silva, o ministro da Defesa, informou nesta segunda-feira (29) em nota oficial que deixará o cargo.
O ministro estava no cargo desde o início do governo de Jair Bolsonaro, em 2019.
Desta forma, veja o comunicado divulgado pelo general do Exército:
Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa.
Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado.
O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira.
Saio na certeza da missão cumprida.
Fernando Azevedo e Silva
Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, a demissão do ministro, a pedido de Jair Bolsonaro, faz parte de um movimento mais amplo de cadeiras no ministério, conforme informou a Veja nesta segunda-feira.
Diante disso, a revista afirma que o atual ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, pode ser transferido para o ministério da Defesa, ao passo que Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, assumirá a Casa Civil.
Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pede demissão do cargo
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, pediu nesta segunda-feira (29) demissão de seu cargo. A notícia foi divulgada pelo próprio chanceler a seus subordinados.
De acordo com fontes do Planalto, Ernesto Araújo e o Presidente da República, Jair Bolsonaro, terão mais uma reunião hoje às 17h.
Integrantes do governo afirmaram ainda que a previsão é de que a saída do ministro seja oficializada ainda nesta segunda-feira. Além disso, o chanceler declarou para Bolsonaro que não quer ser um problema ao governo brasileiro.
Com o anúncio sobre a saída de Araújo, o Palácio do Planalto informou que pretende nomear outro diplomata para o cargo.
Ao passo que os nomes mais cotados para o cargo de ministro das Relações Exteriores são:
- Nestor Forster, que representa o Brasil nos Estados Unidos;
- Luis Fernando Serra, que está na França
Na semana passada, o presidente da Câmara, Artur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, já haviam pressionado Bolsonaro a demitir o chanceler. De acordo com Lira, Araújo perdeu a capacidade de dialogar com outros países.
Enquanto Araújo declarou no último domingo (28) que a pressão recente do Congresso ocorre em função de interesses relacionados à tecnologia 5G.
Em resposta, a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu, disse em nota que o Brasil não poderia mais ter “a face de um marginal” e voltou a pressionar pela saída do ministro.