A presidente da petrolífera norueguesa Equinor no Brasil, Margareth Øvrum, declarou que a companhia está buscando locais no litoral do País para novas instalações de gás natural. A declaração ocorreu nesta terça-feira (22) em entrevista para a agência de notícias “Reuters”.
O desenvolvimento da infraestrutura para a exploração faz parte do plano da Equinor de ampliar a produção de gás natural no País. “Estamos avaliando diferentes oportunidades para levar o gás à costa”, declarou a presidente da companhia.
De acordo com Øvrum, a área de produção denominada “Pão de Açúcar” começará a ser explorada no próximo ano. A região será o primeiro grande campo operado por uma companhia estrangeira direcionado ao gás natural a funcionar no Brasil.
Segundo a presidente, o campo de gás natural de Carcará da petrolífera norueguesa deve iniciar suas produções em 2023 ou no primeiro semestre de 2024.
“Estávamos avaliando diferentes oportunidades para conectá-lo a alguns campos próximos. Mas, era muito caro, então não daria certo”, afirmou a presidente da companhia sobre o campo de Carcará.
Øvrum ressaltou que a companhia pretende investir cerca de US$ 15 bilhões no País até 2030. Além disso, a companhia está interessada no megaleilão do pré-sal que ocorrerá em novembro.
Sobre a oferta, a presidente afirmou que o bônus de assinatura é muito alto. No entanto, ressaltou que a companhia está estudando a lucratividade potencial da região em comparação a outros locais do mundo.
“Você está competindo com outras oportunidades, seja na Argentina, no Golfo do México, na Noruega ou em qualquer outro lugar. E você não está competindo pelo volume, mas pelo valor”, afirmou Øvrum.
Acordo entre a Petrobras e a Equinor
A Petrobras estabeleceu uma parceria com a Equinor no dia 9 de outubro. Desta vez, as atividades entre as duas companhias serão focadas no desenvolvimento de negócios no setor de gás natural.
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Segundo a estatal brasileira, além disso, o memorando de entendimentos também inclui projetos de geração termelétrica e estudos referentes à operação sobre ativos de processamento do produto e escoamento de líquidos em unidades no Rio de Janeiro.
A petrolífera brasileira e a Equinor já são parceiras no campo de Roncador e nos blocos exploratórios BM-C-33, Dois Irmãos e C-M-709, dentre outras plantas produtivas.