Após a divulgação da intenção de a Equatorial (EQTL3) realizar um follow-on (oferta subsequente de ações), a empresa anunciou, em fato relevante, que está analisando suas opções para efetivar a operação. O principal uso do capital seria para amortizar parte do dinheiro investido na aquisição da Echoenergia, de acordo com informações inicialmente apuradas pelo Pipeline nesta terça-feira (18).
“A companhia esclarece que está avaliando a possibilidade de realizar uma eventual oferta pública com esforços restritos de distribuição de ações ordinárias, nominativas, escriturais, sem valor nominal, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, de emissão da companhia, nos termos da Instrução da CVM n.º 476. Nessa direção, a companhia informa que iniciou o processo de engajamento de instituições financeiras”, disse a Equatorial.
Além disso, a empresa informa que não definiu nem teve a aprovação, pelo Conselho de Administração, sobre a efetiva contratação dos coordenadores, a realização da potencial oferta, termos e condições, inclusive montantes envolvidos e seu cronograma, ou outras possíveis operações para captação de recursos.
A reportagem do Pipeline, no entanto, afirmou que fontes da Equatorial revelaram que a companhia pretende levantar cerca de R$ 3,5 bilhões, com oferta base de R$ 2 bilhões e um hot issue de até R$ 1,5 bilhão. No cronograma atual, a oferta será lançada na semana que vem, diz o jornal.
A Equatorial já tinha sinalizado a investidores que queria colaboração do mercado para fechar essa equação.
Foram contratados os bancos de investimento Citi, Credit Suisse, XP Investimentos, Goldman Sachs e UBS-BB para administrar a oferta, que pode ser precificada em fevereiro, segundo o Pipeline.
Equatorial compra Echoenergia, especializada em fontes renováveis, por R$ 6,7 bi
A Equatorial (EQTL3) anunciou, outubro, a compra da Echoenergia, especializada em energias renováveis, pelo valor aproximado de R$ 6,7 bilhões. O acordo da operação foi assinado com o fundo de investimentos Ipiranga.
De acordo com o fato relevante da Equatorial, a compra permitirá a ampliação da sua capacidade operacional, contribuindo para a consolidação de sua posição no setor elétrico brasileiro. A Echoenergia atua sobretudo com energia eólica.
O objetivo da Equatorial é ampliar a atuação no segmento de geração renovável (eólica e solar), a que mais deve crescer nos próximos anos, conforme o Plano Decenal de Expansão de 2019-2029, atingindo participação de cerca de 24% da capacidade instalada total no Brasil.
O valor da compra está sujeito à correção pela variação do CDI desde a data base (dezembro de 2020) até a data de fechamento.
A XP Investimentos atuou como assessor financeiro da Equatorial e os escritórios Cescon, Barrieu, Flesch & Barreto Advogados e Norton Rose Fulbright trabalharam como assessores jurídicos na operação. Já o fundo Ipiranga foi assessorado pelo Banco Credit Suisse e pelo Banco BTG Pactual, além dos escritórios Matos Filho Advogados e Clifford Chance.
As ações da Equatorial operam em queda de 2,56%, a R$ 21,72, próximo das 15h30.