O Equador anunciou que deixará a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O comunicado foi divulgado pelo Ministério da Energia e Recursos Naturais Não Renováveis do país nesta terça-feira (1).
De acordo com o governo, a saída ocorreu por conta de problemas financeiros do país sul-americano. “O governo equatoriano decidiu deixar de pertencer à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) desde 1º de janeiro de 2020”, diz o comunicado.
A decisão faz parte do plano do governo nacional equatoriano para a redução de gastos.
“A decisão está nas questões e desafios internos que o país deve assumir, relacionados à sustentabilidade fiscal. Essa medida está alinhada com o plano do governo nacional de reduzir os gastos públicos e gerar novas receitas”, informou o Ministério.
Apesar de deixar a organização, o país comunicou que manterá relações com os países que compõe a Opep.
Participação do Equador na Opep
Atualmente, o Equador possui cerca de 351.000 barris de petróleo por dia. O país entrou para a organização de petróleo em 1973. No entanto, deixou o grupo em dezembro de 1992 e retornou somente em outubro de 2007.
No comunicado divulgado nesta terça-feira, o governo equatoriano ressalta que o país sempre foi um membro construtivo da organização.
Além do país sul-americano, a Opep atualmente é composta por outros 13 países. Sendo eles:
- Argélia;
- Angola;
- Congo;
- Guiné Equatorial;
- Gabão;
- Irã;
- Iraque;
- Kuwait;
- Líbia;
- Nigéria;
- Arábia Saudita;
- Emirados Árabes Unidos;
- Venezuela.
Ataques a instalações da maior petrolífera do mundo
No dia 14 de setembro, duas instalações da maior petrolífera do mundo, a Saudi Aramco, sofreram um incêndio. A causa apontada foi o ataque de drones nas bases de petróleo.
Saiba mais: Arábia Saudita tem “amplos estoques de petróleo” para conter a crise, diz Opep
Segundo as autoridades sauditas e americanas, o Irã estaria querendo atingir a produção de petróleo da Arábia Saudita usando, por exemplo, minas para danificar petroleiros sauditas no Golfo de Omã em maio deste ano.
Após os ataques, os preços do petróleo subiram quase 20% nos mercados do mundo inteiro.
No entanto, mesmo com a alta, a Opep comunicou que convocar uma convocar uma reunião de emergência sobre o ataques não fazia parte dos planos da organização. Isso porque o país, segundo a organização, dispõe de “amplos estoques de petróleo”.
Notícias Relacionadas