EpiVacCorona: segunda vacina russa é 100% eficaz, diz órgão regulador
O órgão regulador de Saúde da Rússia, Rospotrebnadzor, informou, nesta terça-feira (19), que a vacina EpiVacCorona, a segunda desenvolvida no país, é 100% eficaz contra o novo coronavírus (Covid-19). A informação foi divulgada pela agência de notícias Tass.
O novo imunizante russo é desenvolvido pelo Instituto Vector, da Sibéria. Dessa forma, a EpiVacCorona é melhor qualificada do que a Sputnik V, que apresenta 92% de eficácia, segundo informações de Moscou.
Os estudos do novo medicamento se baseiam em estudos clínicos da Fase 1 e Fase 2, mas não contemplam a Fase 3. A última etapa normalmente envolve milhares de participantes, e um grupo separado recebe placebo para fins comparativos.
“De acordo com os resultados da primeira e segunda fases dos ensaios clínicos, a eficácia imunológica da vacina EpiVacCorona é de 100%”, afirmou o órgão governamental. Os testes com a nova vacina começaram em novembro do ano passado.
EpiVacCorona é segura em testes iniciais
Segundo o registro do órgão regulador, os estudos das duas primeiras fases testaram a segurança, os efeitos colaterais e a imunogenicidade da potencial vacina em 100 pessoas, que variavam entre 18 e 60 anos.
Na maior parte dos processos de desenolvimento das vacinas contra a Covid-19, os testes em estágio inicial em humanos são baseados em leituras de sangue que mostram uma resposta imunológica em voluntários que não foram expostos ao vírus, ao passo que os resultados de estudos finais são baseados em infecções reais identificadas pelos participantes.
“Precisamos aumentar a produção da primeira e da segunda vacina. Estamos a cooperar com nossos parceiros estrangeiros e divulgaremos nossa vacina no exterior”, disse o presidente russo Vladimir Putin, no anúncio do imunizante em outubro.
A pressa pela EpiVacCorona é explicada: a Rússia já registrou pouco mais de 3,57 milhões de casos do coronavírus, sendo o quarto país mais atingido, somente atrás de Estados Unidos, Índia e Brasil, segundo informações da universidade norte-americana John Hopkins. São 65,63 mil mortos.