A Engie Brasil Energia (EGIE3) informou nesta terça-feira (6) que obteve lucro líquido de R$ 385,4 milhões no segundo trimestre de 2019. O valor apresenta uma redução de 34,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
Neste ano, subsidiária brasileira da francesa Engie registrou um lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) de R$1,052 bilhão. O resultado apresentou uma queda de 13,7% em comparação a 2018.
“A despesa financeira relativa ao fechamento desta aquisição foi um dos fatores que impactaram o resultado do 2T19. Em função das despesas relativas à preparação e ao fechamento dessa transação, o resultado para o 2T19 foi negativo, mas este ativo já contribuirá com resultados positivos crescentes a partir do terceiro trimestre”, informou Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie Brasil Energia, em nota à imprensa.
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No Ebitda, a diminuição chegou a R$166,7 milhões, fator que foi citado pela empresa como um dos principais motivos da perda no lucro líquido. Além disso, o aumento de R$ 104,6 milhões nas despesas financeiras líquidas e o custo de R$ 91,6 milhões do imposto de renda e da contribuição social, foram citados como outras causas da queda no lucro líquido.
Segundo o comunicado da empresa, as despesas foram alavancadas pelas novas dívidas. O endividamento líquido atingiu R$11,3 bilhões, avançando 83,6%.
Apesar de ter somado uma alta de quase 30% na comparação anual de geração elétrica bruta neste trimestre, as vendas recuaram 4,1%. A receita operacional líquida no segundo trimestre foi de R$2,1 bilhões, avançando quase 2% em comparação a 2018.
A compra da TAG pela Engie
Em abril de 2019 a Engie participou da aquisição da Transportadora Associação de Gás (TAG), ex-subsidiária da Petrobras, junto ao fundo Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ) por R$ 33,5 bilhões.
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No entanto, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, decidiu suspender o negócio. Com isso, a venda só foi concretizada em 13 de junho. A Engie adquiriu cerca de 90% do capital social da TAG, o restante 10% se mantiveram com a Petrobras.