Maurício Bahr, presidente da Engie Brasil, aguarda que a Petrobras (PETR3; PETR4) irá desinvestir totalmente da Transportadora Associada de Gás (TAG) no primeiro semestre do ano que vem. Dessa forma, reitera o interesse de exercer o seu direito de preferência de compra dos 10% que devem ser vendidos.
A TAG, ex-subsidiária da Petrobras, foi comprada por R$ 33,5 bilhões em junho deste ano pela companhia de energia franco belga Engie e pelo fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ). De acordo com o executivo, a Engie pode exercer entre 65% e 70% da parte que será vendida pela estatal brasileira.
Bahr disse que após seis meses de integração com a empresa de gás, a Engie está no processo de consolidação de colaboradores, atualmente com cerca de 100 pessoas, sendo 50% funcionários da Petrobras. “Queremos ver quem são os funcionário desejosos de continuar na TAG e se desvincular da Petrobras para assumir um novo desafio na iniciativa privada”, salientou.
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Segundo o executivo, o segmento de transporte de gás deve seguir na Engie a mesma trajetória do setor elétrico, que na década de 1990 foi a porta de entrada no País.
“A gente quer vivenciar nos próximos 20 anos o que vivenciamos há 20 anos no setor elétrico, quando setor se abriu e a gente começou a atender a clientes livres e abrir o mercado. Tínhamos três a quatro clientes em 1998 e agora temos 800 clientes. A gente imagina que vai acontecer no setor de gás exatamente isso”, afirmou o executivo.
Bahr, no entanto, reforçou ainda que, para ampliar a atuação da TAG, terá que contratar no mínimo “algumas centenas de funcionários” daqui a três anos, período em que a Transpetro, atual operadora do gasoduto, deixará suas funções.
“Com a entrada do gás do pré-sal e o aumento da oferta, o preço do gás vai cair e vai ter demanda maior, algumas atividades industriais vão migrar de um combustível para outro e o gás vai exercer papel importante na energia elétrica”, relata o executivo da Engie.