Eneva e AES Tietê podem realizar fusão de R$ 6,6 bilhões
A Eneva (ENEV3) realizou, por meio de um fato relevante divulgado no último domingo (1), uma proposta de fusão com a AES Tietê (TIET11). A companhia de geração de energia controlada pelo BTG Pactual (BPAC11) e pelo fundo Cambuhy Investimentos propôs cerca de R$ 6,6 bilhões, sendo 60% em ações e 40% em dinheiro.
Segundo a Eneva, a operação levanta a possibilidade da troca de 0,0461 ação ordinária de emissão da Eneva para cada papel ordinário ou preferencial de emissão da AES Tietê, equivalente a 0,2305 por UNIT.
Além disso, haveria mais uma parcela em dinheiro de R$ 2,750 bilhões, o que representaria R$ 1,38 por ação, seja ordinária ou preferencial, e R$ 6,89 por UNIT.
Caso seja aprovada, a fusão criará a segunda maior geradora privada do Brasil, com capacidade de geração de 6,1 mil megawatts (MW) e faturamento anual de R$ 5 bilhões. O valor de mercado da Eneva, nesta segunda-feira (2), é de R$ 13,48 bilhões, enquanto o da AES Tietê é de R$ 6,07 bilhões.
De acordo com o fato relevante, “a proposta apresentada ao Conselho de Administração da AES Tietê visa a agregar os negócios das duas companhias, resultando na unificação das bases acionárias em uma companhia aberta listada no Novo Mercado da B3, com sólido portfólio de ativos, recursos complementares e potencial de se beneficiar de significativas sinergias operacionais e financeiras”.
A Eneva, no entanto, ressalta que a proposta está sujeira à aprovação pelos acionistas da empresa e da AES Tietê reunidos em assembleia geral, à aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à aprovação prévia da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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A AES Tietê, que é controlada pela norte-americana AES Corp, possui um parque gerador de aproximadamente mil MW, compostos majoritariamente por hidrelétricas. A companhia, nos últimos anos, procura diversificar seu parque gerador com outras fontes renováveis.
Por sua vez, a Eneva, além da geração de energia, atua na exploração e produção de hidrocarbonetos no País. Foi a primeira companhia privada de geração de energia elétrica no Brasil com atuação integrada no segmento temelétrico.