Eneva estabelece preço de R$18,25 por ação para follow on

A elétrica Eneva (ENEV3) informou que concluiu na última quinta-feira (4) o procedimento de bookbuilding de seu follow on. A empresa estabeleceu o preço médio por ação em R$ 18,25. Um valor apenas 1,9% abaixo da cotação de fechamento anterior ao anúncio da oferta e que leva a um montante da operação de cerca de R$ 1,1 bilhão.

Em fato relevante, a Eneva informou que o início da negociação das ações na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) ocorrerá no dia 8 de abril. A efetiva liquidação da oferta ocorrerá no dia 10 de abril.

Oferta anunciada no final de março

A elétrica tinha anunciado no final de março que teria realizado a oferta. O Itaú BBA é o coordenador líder da oferta, que conta com os bancos BTG Pactual, Santander Brasil e Citi como outros coordenadores.

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Eneva informou que a quantidade de ações inicialmente ofertada foi de 60.646.269 ações ordinárias. Entretanto, “a critério do Itaú Unibanco e do BTG Pactual, em comum acordo com os Coordenadores da oferta, foi acrescida em 21,4 por cento, ou seja, em 10.671.663 ações ordinárias de emissão da companhia e de titularidade do Itaú Unibanco e do BTG Pactual, nas mesmas condições e pelo mesmo preço das ações inicialmente ofertadas”.

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Segundo o comunicado, tanto Itaú Unibanco e quanto BTG Pactual definiram que a quantidade inicial de 60.646.269 ações ordinárias ofertadas na operação foi acrescida em 21,4% – ou seja, em 10.671.663 ações ordinárias emitidas pela geradora e de titularidade das duas instituições. Com isso, serão colocadas para negociação na bolsa brasileira um total de 71.317.932 ações ordinárias da Eneva.

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No total, serão colocadas para negociação na bolsa brasileira 71.317.932 ações ordinárias da Eneva.

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A empresa informou ainda que a colocação desse acréscimo de 10.671.663 ações detidas por Itaú Unibanco e BTG Pactual está condicionada às mesmas condições e ao mesmo preço dos papeis que já seriam inicialmente transacionados. A oferta restrita será realizada em mercado de balcão brasileiro não organizado, sob a coordenação do Itaú BBA, do Citigroup, do BTG Pactual e do Santander. Participam ainda da colocação das ações no exterior os bancos Itau BBA USA Securities, Citigroup Global Markets, BTG Pactual US Capital LLC e Santander Investment Securities.

Bancos no capital após crise de Eike

O BTG e o Itaú entraram no capital da Eneva durante o processo de reestruturação da dívida da companhia. A produtora de energia se chamava MPX, e fazia parte do grupo do empresário Eike Batista.

Após a crise que afetou o grupo de Batista, a Cambuhy entrou no capital e assumiu a gestão da companhia. A Cambuhy é uma empresa de investimentos que tem entre os sócios Pedro Moreira Salles, copresidente de conselho do Itaú.

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Após essa operação da Eneva, o número de ofertas de ações realizadas no mercado brasileiro sobe para quatro este ano. No total, o volume foi pouco mais de R$ 6 bilhões. Entretanto, esse valor sobe para R$ 9 bilhões se considerarmos a operação realizada pela Stone na bolsa americana Nasdaq. Uma operação que movimentou pelo menos US$ 790 milhões.

Carlo Cauti

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