A Eneva (ENEV3) saiu vencedora do 2º Leilão de Reserva de Capacidade na forma de energia (LRCE) de 2022, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Junto com a Eneva, a Global Participações Energia também conseguiu entrada na operação.
Ao todo, o leilão contratou 729 megawatts (MW) para a região norte do Brasil, com propostas para três empreendimentos: UTE Manaus I, da GPE, e Azulão II e Azulão IV, ambos da Eneva.
O preço médio foi de R$ 444 por megawatt-hora (MWh), sem deságio.
De acordo com dados do leilão realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o investimento previsto no certame é de R$ 4,1 bilhões. A receita fixa do leilão foi de R$ 2,4 bilhões.
Os projetos da Eneva demandarão investimentos de R$ 3,36 bilhões, enquanto o da GPE, R$ 783 milhões, segundo a CCEE.
O fornecimento do gás às usinas da Eneva será feito a partir das concessões da empresa na Bacia do Amazonas, com aumento da capacidade máxima de produção de um milhão de metros cúbicos por dia para cinco milhões.
A licitação online, que acabou em 16 minutos, é a primeira destinada a cumprir com uma proposta paralela inclusa dentro do texto da privatização da Eletrobras (ELET3) — o chamado “jabuti”, no jargão político, obriga a contratação a obrigação de contratação de um total de 8 GW em termelétricas.
O objetivo contratar 2 GW de termelétricas movidas a gás natural, sendo 1 GW no Norte, para início de suprimento em 31 de dezembro de 2026, e 1 GW no Maranhão e Piauí, para início de suprimento em 31 de dezembro de 2027.
Para a região Nordeste, não foram apresentadas propostas.
Os contratos negociados pela Eneva e a GPE nesta sexta-feira terão prazo de 15 anos. As usinas terão inflexibilidade anual (valor de geração mínima obrigatória) de 70%.
As ações da Eneva operavam em baixa de 0,21% às 12h23 (de Brasília) nesta sexta-feira, sendo negociadas a R$ 14,40. A companhia acumula alta de 6,74% ao longo de 2022.