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Eneva (ENEV3): Cambuhy se alia com três acionistas e pode rivalizar contra BTG

Complexo Parnaíba, da Eneva (ENEV3). Foto: Divulgação

Complexo Parnaíba, da Eneva (ENEV3). Foto: Divulgação

Um novo capítulo sobre a dinâmica societária da Eneva (ENEV3) ocorreu na madrugada desta quarta (7), quando a empresa informou ao mercado que a Cambuhy Investimentos fez um acordo com as acionistas Dynamo, Atmos e Velt. Graças a essa aliança, esse bloco passa a contar com 35,7% do capital da empresa de energia e pode rivalizar contra o BTG Pactual (BPAC11), titular de 24,15% dos papéis.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Eneva explicou que o bloco foi criado “exclusivamente para disciplinar o exercício de determinados direitos patrimoniais”.

Segundo o jornal Valor Econômico, essa união faz com que a Cambuhy fique fortalecida e se blinde de transações da Eneva que não concorde. Sozinha, a gestora tem 19,7%

No último ano, Cambuhy e BTG começaram a discordar sobre qual seria a melhor estratégia para os próximos passos da Eneva, após a empresa realizar um reposicionamento no mercado de energia. De acordo com a publicação, nos últimos meses, executivos e conselheiros repetiram que essas divergências ocorriam sem confrontos ou agressividade.

Contudo, essa união pode fazer com que a balança incline para outro lado na hora do “embate”, tendo em vista que o novo bloco agora tem mais peso do que o banco.

Mudanças na Eneva

Além do reajuste nos arranjos acionários, a gestão da Eneva também passa por mudanças. Pedro Zinner, CEO da empresa há seis anos, deixará a companhia rumo à liderança da Stone (STOC31). Lino Cançado, atual COO da Eneva, será o novo CEO.

Após o anúncio da saída de Zinner, as ações da Eneva ficaram no vermelho. Na ocasião, o Itaú BBA argumentou que essa desvalorização dos ativos abria “uma grande oportunidade” para os investidores focados no longo prazo.

Na visão dos analistas do banco de investimentos, nos últimos dois anos, a empresa “sempre negociou acima do valor de seus ativos existentes, às vezes com muito crescimento futuro implícito no preço das ações”.

As ações da Eneva fecharam o pregão de terça (6) em queda de 0,5%, operadas ao preço de R$ 12,02, segundo dados do Status Invest.

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