Eneva (ENEV3) faz nova proposta de fusão com a AES Tietê
A Eneva SA (ENEV3) enviou na tarde dessa quinta-feira (23) uma nova e melhor oferta de fusão com a AES Tietê, propondo pagar R$ 728 milhões em dinheiro, ou seja, 10%, enquanto o restante seria pago com troca de ações. Com isso, a companhia emitiria cerca de 130,5 milhões de ações novas. As informações são do ‘Brazil Journal’.
Segundo informou o Brazil Journal, os CEO da empresa interessada, Pedro Zinner e CFO, Marcelo Habibe, acreditam que a proposta é melhor pois “a Eneva identificou mais sinergias e está disposta a dividir uma fatia maior de seu crescimento futuro com os acionistas da Tietê”.
No cenário em que o BNDES, dono de 28% do capital da AES Tietê, aceita a proposta, essa será ampliada para todos os outros acionistas da companhia que, então, serão responsáveis pela decisão final.
Por sua vez, os acionistas da Eneva passariam a ter cerca de 70% da companhia de interesse. Seus controladores, o fundo Cambuhy e o BTG Pactual (BPAC11) ficariam com, aproximadamente, 16% cada um, enquanto a participação da Atomos, Dynamo e VELT Partners, somaria 10%.
Já a atual controladora da AES Tietê, a AES Corp, ficaria com 7%, o BNDES com 8,3% e a Eletrobras com 2,3%.
Com base no pregão fechado nessa quinta-feira, a proposta que considera cada Unit da AES Tietê está em R$ 18,88, é 10% maior do que o fechamento de hoje, e também é 12,85% maior do que oferta anterior.
Saiba mais: Eneva (ENEV3) pode fazer nova oferta pela AES Tietê
Caso a proposta seja aceita, a fusão criará a segunda maior geradora privada do Brasil, com capacidade de geração de 6,1 mil megawatts (MW) e valor de mercado de cerca de R$ 23 bilhões.
Entretanto, o jornal informou que os executivos da companhia interessada afirmaram que se o BNDES recusar a proposta, a Eneva não irá mais propor a fusão.
Proposta original da Eneva
Vale lembrar que a proposta original de fusão feita pela Eneva, em março desse ano, sugeria 40% do valor da operação (R$ 6,6 bilhões) fosse pago em dinheiro enquanto os 60% restantes deveriam ser pagos em ações.
Segundo a companhia interessada afirmou na época, a operação levantaria a possibilidade da troca de 0,0461 ação ordinária de emissão da Eneva para cada papel ordinário ou preferencial de emissão da AES Tietê, equivalente a 0,2305 por UNIT.
Veja também: Eneva (ENEV3) não apresentará nova oferta pela AES Tietê (TIET11), diz CEO
Além disso, haveria mais uma parcela em dinheiro de R$ 2,750 bilhões, o que representaria R$ 1,38 por ação, seja ordinária ou preferencial, e R$ 6,89 por UNIT, segundo o fato relevante da Eneva.