A Eneva (ENEV3) apresentou na última quinta-feira (11) seus resultados do quarto trimestre de 2020, aumentando em 87,9% o lucro líquido na base anual, para R$ 686,5 milhões refletindo impostos diferidos. Com os resultados “sólidos”, os analistas do BTG Pactual reiteraram sua visão positiva para o papel.
Nos últimos três meses do ano passado, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado da Eneva ficou em R$ 606,1 milhões, alta de 15,5%. Ajustado para excluir o impacto de poços secos, o indicador chegou a R$ 614,7 milhões, crescendo 16,3% na comparação anual.
“A combinação de forte recuperação no consumo de energia e hidrologia fraca elevou os preços spot, o que acabou demandando maior despacho térmico no trimestre”, ressaltou o BTG Pactual. As usinas de carvão e gás da Eneva registraram um despacho de 88% e 92%, respectivamente, impulsionado os resultados do período.
Depois de vencer a disputa com a 3R Petroleum, a Eneva iniciou a fase de negociação sobre aquisição do campo de Urucu com a Petrobras (PETR4).
O processo, embora ainda não concluído, poderia adicionar R$ 12,8 por ação no patamar do preço-avo estipulado pelo BTG Pactual, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) utilizados pelo banco. O ganho elevaria o rating de R$ 55,0 para R$ 67,8.
Embora [a compra do campo de] Urucu pareça totalmente precificada, continuamos otimistas quanto ao caso de investimento. O desenvolvimento do mercado de gás, juntamente com o potencial crescente da Eneva em upstream proveniente de novos (e atuais) blocos exploratórios, ainda pode trazer uma criação de valor significativa no futuro”, analisaram os analistas.
Última cotação da Eneva
Por volta das 16h, pouco antes do final da sessão, as ações ordinárias da Eneva operavam em alta de 2,74%, a R$ 17,14.