Nessa quinta feira (26) a Eneva (ENEV3) propôs uma teleconferência aos assessores legais da AES Tietê (TIET3, TIET4) para tratar sobre detalhes da proposta de fusão.
A proposta de fusão feita pela Eneva tem sofrido críticas da AES Tietê que indica falta de informações para analisar a oferta.
Contudo, a empresa carioca defendeu sua proposta, alegando que trará benefícios para os acionistas de ambas as companhias. Ainda acrescentou que pode avaliar outros possíveis meios de efetuar a fusão.
Caso seja aprovada, a fusão criará a segunda maior geradora privada do Brasil, com capacidade de geração de 6,1 mil megawatts (MW) e faturamento anual de R$ 5 bilhões.
Eneva altera sua estratégia
Na última terça-feira (24) a Eneva decidiu alterar sua estratégia para financiar a operação de fusão com a AES Tietê devido as condições adversas do mercado abalado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
No início, a Eneva tinha como plano obter empréstimo bancário para realizar o pagamento de R$ 2,75 bilhões na negociação. Depois disso, a empresa refinanciaria esse valor com a emissão de títulos no mercado. Ou seja, a proposta feita pela empresa carioca para a fusão tem um valor total de R$ 6,6 bilhões, sendo R$ 2,75 bilhões em dinheiro e o restante do montante em ações.
Entretanto, com a atual situação, a Eneva decidiu esperar até que o mercado apresente melhores condições.
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Em teleconferência com analistas e investidores, o diretor de finanças da Eneva, Marcelo Habibe, reiterou que o que irá mudar na atual condição de mercado é que a empresa fará um financiamento com dívida bancária e permanecerá com ela. “Até poder refinanciar em condições melhores no mercado de debêntures”, disse o executivo.
O diretor de finanças da Eneva também falou sobre os efeito da crise do coronavírus nos negócios da companhia. “Estamos acompanhando com cautela, mas não vemos impacto inicialmente”.