A Energisa (ENGI11) apresentou uma queda anual de 85,8% no lucro líquido atribuído aos acionistas controladores, chegando a R$ 34,5 milhões no intervalo de julho a setembro.
O resultado da Energisa foi impactado pelas distribuidoras Energia Rondônia e Acre (adquiridas da Eletrobras em 2018) e por efeitos não recorrentes. Desconsiderando as aquisições recentes, o lucro teria sido elevado em 33% na comparação anualizada, de acordo com a empresa.
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Além disso, o grupo anunciou que a receita cresceu 23,6%, a R$ 5,07 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros impostos depreciação e amortização) apresentou uma alta de 27,2%, chegando a R$ 885,1 milhões.
O consumo de energia total do grupo cresceu 4,4% no último trimestre, considerando tanto o mercado cativo quanto o livre. A empresa detém o controle de 11 distribuidoras de energia em 11 estados, além de ativos em transmissão e a atuação na comercialização da energia.
Investimentos da Energisa permanecem em alta
Os investimentos consolidados no trimestre tiveram aumentaram 92,7%, chegando a R$ 869,6 milhões. A dívida líquida consolidada terminou setembro com R$ 12,8 bilhões, 8,4% maior que no segundo trimestre de 2019. Na comparação anual, a alta é de 48,6%.
A alavancagem medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado foi a 2,8 vezes, ante 2,7 vezes ao final do trimestre anterior.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na última terça-feira (5) concedeu o registro de companhia aberta para a unidade de Sul-Sudeste, distribuidora controlada pela empresa, que opera em São Paulo, Paraná e Minas Gerais. A solicitação foi realizada para a categoria B, permitindo a emissão de títulos de dívida, mas não de ações.
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Nesse aspecto, outras companhias controladas pela companhia já possuem registro de companhia aberta. São elas:
- Energisa Sergipe
- Energisa Minas Gerais
- Energisa Mato Grosso
- Energisa Mato Grosso do Sul
- Energisa Paraíba
As units da Energisa, ao final do pregão da B3 na última quinta-feira (7), apresentavam alta de 0,85%, sendo cotadas a R$ 47,69.