Após rumores do mercado, a Energisa (ENGI11) confirmou a intenção de lançar uma oferta pública primária de ações ordinárias e preferenciais, podendo levantar até R$ 2 bilhões, segundo fato relevante divulgado nesta quinta-feira, 18.
A notícia, divulgada primeiro pelo Brazil Journal, fez forte pressão nos papéis da elétrica ao longo do pregão. No fechamento, a ação preferencial da Energisa caiu mais de 5%, a R$ 49,99, fazendo com o que a companhia perdesse mais de R$ 1 bilhão em valor de mercado.
De acordo com fato relevante divulgado pela empresa, a potencial oferta de ações da Energisa deverá ser acompanhada pelo seu controlador Gipar, pertencente à família Botelho, na proporção de sua participação de 27,7% na Energisa.
Na visão do mercado, a iniciativa por parte da companhia era questão de tempo. Isso porque, após diversas aquisições nos últimos anos, a alavancagem da Energisa subiu muito, principalmente depois da aquisição da ES Gás, no começo de 2023, quando foi pago R$ 1,4 bilhão, um valor considerado alto, apesar de ter sinergias com os seus negócios.
Com isso, a alavancagem da empresa, medida pela relação dívida líquida por Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), passou de 2,9 vezes no terceiro trimestre de 2022 para 3,3 vezes no mesmo período de 2023.
Como deve ser a oferta da Energisa?
Pelo cronograma, divulgado ao mercado, a potencial oferta de ações prevê o lançamento após o fechamento do pregão desta sexta-feira, 19. “A companhia ressalta, entretanto, que, em que pese a veiculação de notícias na mídia, até o momento, não há definição a respeito do efetivo lançamento e dos termos e condições definitivos da potencial oferta”, explica a Energisa.
Os coordenadores do follow-on da Energisa são Itaú BBA, Bank of America, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citigroup e JP Morgan.
A Energisa informou que está trabalhando na documentação para realizar possível oferta pública de ações ordinárias e preferenciais, a fim de captar volume aproximado de R$ 2 bilhões.