O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta terça (26) que a geração de energia térmica para abastecer o estado de Roraima vai ter um custo adicional de R$ 1,9 bilhão aos consumidores.
As usinas térmicas precisaram ser acionadas em razão da logística elétrica de Roraima. Pelo fato de ser o único estado brasileiro não conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o sistema de produção e transmissão de energia elétrica do País, Roraima ficou refém do fornecimento de energia vinda da Venezuela, que sofreu o maior apagão de sua história recentemente.
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“Todos os consumidores brasileiros terão que pagar ao longo do ano R$ 1,9 bilhão porque estamos gerando 210 MegaWatts apenas de térmicas a óleo diesel”, declarou o ministro.
A situação levou o governo a considerar acelerar a construção do Linhão de Tucuruí, para ligar Manaus a Boa Vista e conectar Roraima ao SIN. Reduzir a dependência do estado das termelétricas impediria custos adicionais em casos como o atual. A obra recebeu licitação em 2011 e deveria ter começado a funcionar em 2015, mas a concessionária não obteve o licenciamento.
O acionamento de usinas térmicas para abastecer Roraima diante das falhas da transmissão venezuelana custaram R$ 597 milhões aos brasileiros em 2018.
Em fevereiro, o governo de Jair Bolsonaro já começava a trabalhar um plano de emergência caso a Venezuela suspendesse o fornecimento de eletricidade para o estado brasileiro.
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O governo considerava a possibilidade de a hidrelétrica de Guri, no estado venezuelano de Bolívar, interromper integralmente o envio de eletricidade a Roraima. O ato seria uma forma de retaliação diante do reconhecimento do governo brasileiro de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. O desagravo, no entanto, nunca veio.