Enel reitera que não tem interesse em vender distribuidora em Goiás

Após novamente criticar a Enel, Rodrigo Caiado (DEM), foi desmentido pela companhia, que diz não ter interesse em vender a concessão da Distribuição Goiás (antiga Celg-D).

Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, Caiado relatou que o grupo português EDP (ENBR3) e a Equatorial (EQTL3) são possíveis interessados em assumir a participação da Enel no estado. A malsucedida venda da Celg havia pesado contra a privatização da Sanego junto à Secretaria Especial de Privatizações do Ministério da Economia.

A Enel diz que “reafirma o compromisso assumido desde a aquisição da distribuidora Celg-D, em fevereiro de 2017, para trabalhar pela recuperação do sistema elétrico do Estado, depois de anos de baixos investimentos do período estatal”, afirmou a empresa, em nota.

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Além disso, a empresa ressaltou que, desde 2017, já investiu mais de R$ 2 bilhões na distribuição de energia no estado. Não obstante, para 2020, a companhia quer investir R$ 1 bilhão, “cerca de cinco vezes mais do que os níveis históricos anteriores à privatização, o que irá refletir ainda mais na redução das interrupções de energia e permitirá conectar novos clientes”.

A companhia completou dizendo que “vai continuar trabalhando fortemente para contribuir com o desenvolvimento do Estado e oferecer cada vez mais um serviço de qualidade aos clientes goianos”.

Caiado já havia criticado a Enel

Durante uma reunião realizada no início do mês passado, Caiada já havia sugerido a alteração do controle da concessão da distribuidora, da Enel para a EDP, que, segundo ele, estava interessado no negócio. Estiveram presentes os executivos da companhia, políticos locais e um representante da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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“Ouvimos a história deles [Enel]. É uma repetição em que cada dia eles trazem um interlocutor novo da empresa. Agora trouxeram o diretor internacional [Livio Gallo, diretor global de infraestrutura e redes da Enel] para dizer que a Enel Goiás será a melhor distribuidora do Brasil”, afirmou Caiado ao “Valor Econômico”.

O governador disse ter recebido “ótimas referências” sobre o serviço da EDP no Espírito Santo, que poderia ser negociado na troca. A EDP, no entanto, não se manifestou acerca da declaração de Caiado sobre o interesse na troca de concessões entre as companhias.

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“Eu disse a eles que essa história está ficando muito repetitiva, muito chata. Assinamos a cada encontro um novo termo [de compromisso] e fica tudo no mesmo lugar”, afirmou o governador.

A Enel adquiriu a concessão goiana após um leilão realizado no fim de 2016, quando ofertou R$ 2,2 bilhões.

Jader Lazarini

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