O nível de endividamento entre consumidores com “nome limpo” cresceu cerca de 4%, indo de 76% para 80%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (26) da pesquisa eletrônica realizada pela Boa Vista SCPC, com mil entrevistados em todo o Brasil entre o primeiro semestre de 2018 e o de 2019. A informação foi divulgada pelo jornal “Valor Econômico”
A pesquisa ainda mostrou um aumento de 45% para 47% no percentual dos entrevistados que dizem estar um pouco endividados. Houve ainda uma queda de 24% para 20% na comparação entre os semestres em relação aos consumidores que dizem não ter endividamento atualmente.
Na questão de se os consumidores sentem dificuldades em pagar as contas e deixá-las em dia, o número se manteve estável. No primeiro semestre de 2018, foram 51% das pessoas, já no primeiro semestre de 2019, o valor foi de 50%. Cerca de 65% do total de entrevistados, adimplentes e inadimplentes, tem dificuldades em quitar as contas e deixá-las em dia.
Os consumidores adimplentes que afirmaram ter acima de 50% da renda comprometida com o pagamento de dívidas se manteve estável em 52%. Já outros 31% dos entrevistados afirmaram que o pagamento das dívidas compromete entre 25% a 50% da renda, número que aumentou apenas 1% em relação ao primeiro semestre de 2018. Os 17% restantes disseram que tem até 25% da renda comprometida, número que chega perto aos 18% registrados em 2018.
Em junho, número de inadimplentes bateu recorde
Em junho de 2019, o número de brasileiros inadimplentes bateu recorde e atingiu 63,2 milhões de pessoas. Esse número representa 40,4% da população adulta do País. As informações foram divulgadas pela Serasa Experian.
Em comparação com o mesmo período do ano passado (61,2 milhões), houve um acréscimo de 2 milhões pessoas, elevação de 3,3%. Já em relação a março, a alta foi de 0,3%. Além do número total de pessoas inadimplentes, a metodologia também calcula o percentual de endividados em relação a toda população brasileira.
Saiba mais: Número de brasileiros inadimplentes bate recorde e chega a 63,2 mi
“Além dos impactos gerados pela insuficiência da educação financeira do brasileiro, a inadimplência é uma variável que segue as principais tendências do cenário econômico nacional. Nesse sentido, com a estagnação da economia, aumento do desemprego e da inflação ao longo dos primeiros meses de 2019, que impactam diretamente o orçamento doméstico, continuamos a bater recordes no número de consumidores com contas em atraso”, disse Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, em relação ao grande número de consumidores com endividamento.