Enauta (ENAT3) suspende produção no Campo de Atlanta por falha em aquecedores
A Enauta (ENAT3) informou a suspensão preventiva da produção do Campo de Atlanta. Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa disse que identificou falhas nos aquecedores de óleo e entrou em contato com uma empresa especializada para avaliação.
Segundo a companhia, informações preliminares indicam que a corrosão encontrada em alguns equipamentos pode comprometer o seu funcionamento. Por isso, a Enauta decidiu paralisar preventivamente as operações até que as dúvidas sejam devidamente esclarecidas.
“A companhia está analisando com assessores técnicos e a operadora do FPSO as possíveis medida se prazo necessários para a retomada da produção de forma estávele segura”, declarou.
A Enauta Energia, subsidiária integral da companhia, é operadora do Campo de Atlanta com 50% de participação, mesmo percentual detido pela Barra Energia.
A Enauta possui dois ativos produtores: o Campo de Manati, um dos principais fornecedores de gás da região Nordeste, no qual detém 45% de participação, e o Campo de Atlanta, localizado nas águas profundas da Bacia de Santos.
Enauta informou que sócia deixará campo
No começo de novembro, a Enauta Energia, controlada pela Enauta Participações, foi avisada de que sua sócia Barra Energia vai sair definitivamente da parceria para exploração do Bloco BS-4, onde está localizado o Campo de Atlanta.
Segundo comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Enauta Energia vai avaliar até 28 de novembro de 2020 se assumirá a participação da Barra Energia ou se também abandonará o empreendimento.
No entanto, a empresa disse que uma eventual devolução conjunta do campo não ocorreria de imediato. “O Sistema de Produção Antecipada continuaria operando enquanto fosse viável economicamente. O abandono definitivo somente ocorreria após a conclusão dos trâmites necessários junto aos órgãos competentes”, informou a empresa.
A Enauta declarou que já vinha revisando o projeto com o objetivo de torná-lo mais robusto e resiliente a novos cenários de preços de petróleo, gerando maior valor para os acionistas.