A Enauta (ENAT3) reportou prejuízo de R$ 219 milhões no segundo trimestre deste ano, deixando para trás um lucro de R$ 41 milhões no mesmo período de 2023, e de R$ 209 milhões no trimestre imediatamente anterior.
Contribuíram para o resultado eventos não recorrentes e a queda de produção, com a parada em 21 de junho da produção do campo de Atlanta, um dos principais da empresa, que já foi retomada, e a manutenção no campo de Manati, onde tem 40% de participação e produzia 5 mil barris diários de barris de óleo equivalente (boed).
A produção de Atlanta, que girava e torno de 20 mil boed, encerrou junho com média de 14 mil boed, contra a média de 21 mil boed no trimestre anterior.
O Ebitdax (lucro antes do Imposto de Renda, contribuição social, resultado financeiro e despesas de amortização, mais despesas de exploração com poços secos ou sub-comerciais) também recuou em relação ao segundo trimestre de 2023, registrando queda de 8,1%, para R$ 293 milhões.
Eventos não recorrentes influenciaram negativamente no Ebitda da ordem de R$ 88 milhões. Sem eles, o Ebitda da Enauta alcançaria cerca de R$ 370 milhões.
Outros impactos se referem à remuneração de longo prazo, da ordem de R$ 15 milhões, despesas associadas a novos projetos, em torno de R$ 18 milhões, e desembolsos referentes a despesas com atividade de M&A, de R$ 14 milhões. Em maio, a empresa anunciou uma fusão com a 3R Petroleum. Gastos tributários totalizaram cerca de R$ 9 milhões no período.
Eventos não caixa, como a marcação de mercado de operações financeiras de proteção cambial de swap de debêntures e de caixa geraram um efeito negativo de R$ 347 milhões sem efeito caixa.
Por outro lado, a emissão de debêntures de R$ 2,7 bilhões garantiu um caixa forte no segundo trimestre. O fluxo de caixa livre subiu para R$ 244 milhões, contra prejuízo de R$ 124 milhões um ano antes e de R$ 46 milhões no trimestre anterior.
Já a receita da Enauta cresceu 32% em relação ao segundo trimestre de 2023, alcançando R$ 544 milhões.
Com Estadão Conteúdo
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