Setor de transporte rodoviário pede ajuda ao governo e alerta para colapso
A Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros (Anatrip) alertou nesta terça-feira para o colapso do serviço do setor devido à uma queda da demanda.
De acordo com a associação, o setor público de transporte coletivo pode entrar em colapso dentro de 90 dias devido à queda estimada de 60% da demanda.
“O colapso da transportadoras afetará 80 milhões de usuários de baixa renda que não tem alternativa para se locomoverem. Diferentemente da atenção dada pelo governo às companhias de transporte aéreo, o nosso setor não recebeu qualquer consideração”, informou a entidade.
A associação declarou em nota que propõe a suspensão durante seis meses da cobrança do PIS; Cofins; Cide, imposto sobre o óleo diesel no âmbito federal; e do ICMS, tributo sobre o óleo diesel em escala estadual. A proposta visa a preservação das empresas e garantia da continuidade dos serviços, afirma a Anatrip.
A entidade também sugeriu a desoneração da folha de pagamento, tendo em vista a preservação dos empregos. Conforme as informações, as empresas associadas a Anatrip empregam de forma direta 100 mil pessoas.
Setor de turismo perde bilhões em valor de mercado
Com o avanço da pandemia do novo coronavírus (covid-19), as principais empresa do setor de turismo registraram uma perda de R$ 30 bilhões. Os valores são referentes às últimas três semanas e as informações são do Valor Data.
Saiba mais: Empresas do setor de turismo perdem R$ 30 bilhões em valor de mercado
Desde o dia 24, quando a crise de coronavírus começou a se agravar, as companhias do setor de turismo viram seus papéis despencarem na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Dentre as mais afetadas estão: a Smiles On (SMLS3), -34,88%; a Azul-PN (AZUL4), -30,23%; a CVC Brasil ON (CVCB3), -27,88%, e a GOL PN (GOLL4), -26,05.
O setor de turismo e de transporte é muito afetado devido à baixa no número de viagens. Com o avanço da pandemia de coronavírus, o número de viagens canceladas cresceu vertiginosamente, consequência da política de restrições cada vez mais comum.