As oito principais empresas federais registraram lucro líquido de R$ 74,3 bilhões. Esse valor corresponde a um crescimento de 132% em 2018. As empresas são: Petrobras, Eletrobras, Correios, Banco do Brasil, BNDES, Banco do Nordeste, IRB Brasil Re e Caixa.
Além do número expressivo, esse é o melhor resultado em oito anos. Em consequência, esse lucro das empresas estatais, impulsionou pagamentos de dividendos da União. É atribuído a esse resultado a melhora de políticas e medidas ligadas a redução de despesas e venda de ativos.
“Cada um tem sua especificidade, mas implementamos uma série de políticas e medidas com vistas a cortar custos e aumentar eficiência e produtividade,” afirma o secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Economia, Fernando Soares, em entrevista ao jornal “Valor Econômico.”
De acordo com Soares, a política de privatizações do governo tem como intuito um aprofundamento na especialização, eficiência e rentabilidade das empresas estatais.
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“Uma empresa mais sustentável, mais estruturada economicamente e financeiramente, é um ativo melhor para ser privatizado, desestatizado, ou para receber um parceiro estratégico”, afirma o secretário.
Privatizações
Conforme o Fernando Soares, algumas empresas estatais deverão fazer alienações de ativos entre elas estão:
- Petrobras
- Banco do Brasil
- Caixa
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Entretanto, o governo já informou estar estudando o modelo de privatização de outras empresas. Como a Eletrobras, que poderá ser reorganizada em uma nova abertura de capital na bolsa de valores (IPO). Além disso, a Companhia Docas do Estado do Espírito Santo (Condesa) também tem sido alvo dos estudos.
Ademais, na última quinta-feira (25) o presidente Jair Bolsonaro, anunciou que o Correios esta sendo preparado para a privatização. ” Dei sinal verde para estudar a privatização dos Correios. Tem que rememorar para o povo o fundo de pensão, que a empresa foi foco de corrupção com mensalão”, afirma Bolsonaro.
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Já no caso da BNDES, as vendas serão feitas por meio de participações do banco BNDESPar e de ativos. “O BNDESPar é um veículo que age para performar novos projetos. Então, a lógica empreendida é: vou continuar estacionado em ativos que já são desenvolvidos? Não,” informa Soares.
No Banco do Brasil, o conselho de administração autorizou a alienação de 9,36% de ações na Neoernegia. Além disso, a instituição estuda alternativas de participações nos bancos da Patagônia e Votorantim.
União
A venda de ativos foi observada ao longo dos anos e foi constatado o beneficio do superávit primário por meio do maior pagamento de dividendos.
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“Queremos que a empresa pague muito dividendos porque somos acionistas, mas desde que isso não comprometa o equilíbrio econômico-financeiro e a sustentabilidade dela”, afirmou Soares.
No início do ano o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou que o governo federal poderá privatizar ou liquidar cerca de 100 empresas estatais. E o ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que empresas que devem ser privatizada empresas “que vocês nem suspeitam.”
