Um dos setores que mais cresce no Brasil é referente as empresas de tecnologia. O número de startups e fintechs cresceu consideravelmente nos últimos anos. Ainda assim, apenas quatro negócios da área estão listados entre ao 95 principais empresas da bolsa de valores brasileira. São eles a processadora de pagamentos Cielo, a certificadora Valid e as fabricantes de softwares Totvs e Linx.
Uma das explicações para o que ocorre com as empresas de tecnologia do Brasil é referente a preferência delas em abrir seu capital na bolsa dos Estados Unidos.
Entre as empresas que seguiram este caminho estão: Netshoes, empresa online de venda de artigos esportivos, que fez, em 2017, uma oferta inicial de ações (IPO) de 139 milhões de dólares na bolsa de Nov York.
No início de 2018 a processadora de pagamentos PagSeguro, teve a mesma política, seu IPO foi de 2,3 bilhões de dólares.
O grupo Arco Educação, proprietária do sistema de ensino SAS, é outra empresa que buscou bolsa de valores dos Estados Unidos. A companhia fechou no final do mês passado, setembro, a venda de uma fatia de 22,8% da empresa por 194,5 milhões de dólares na Nasdaq, bolsa de Nova York voltada a companhias tecnológicas.
Outra empresa que está para seguir o mesmo caminho é a processadora Stone Pagamentos. Na segunda-feira, 1 de outubro, pediu o registro do seu IPO na Nasdaq, o objetivo do grupo é captar um valor superior à bilhão de dólares.
Para justificar a preferência das empresas de tecnologia, existem alguns fatos.
Entre eles, estão: a maior experiência dos investidores dos Estados Unidos com o campo da tecnologia. Algo que afeta diretamente na relação entre empresa e acionista. Segundo especialistas, o entendimento que a compra de ações de startups são um investimento de longo prazo ainda não é algo que o investidor nacional absorveu.
Há também o peso que é abrir capital na Nasdaq. O movimento é uma forma de demostrar ambições globais e expansão do grupo.
Por fim, o período eleitoral vem gerando oscilações constantes no Ibovespa. Algo que intimida um empreendimento que tem interesse em colocar seus títulos no mercado financeiro.
Porém, especialistas alertam. É fundamental que as empresas de tecnologia tenham consciência da necessidade de mostrar serviço. Afinal, respeitar acordos é uma lei geral de qualquer mercado.