5 empresas chinesas vão retirar seus ADRs das bolsas de NY
Em registros separados na bolsa de valores de Hong Kong, cinco empresas chinesas vão sair das bolsas de Nova York. São elas: China Life Insurance, PetroChina, China Petroleum & Chemical Corp., Aluminum Corp. of China e Sinopec Shanghai Petrochemical. As companhias disseram que vão pedir pela retirada voluntária de seus ADRs (American Depositary Receipts, certificados de ações emitidos por bancos dos EUA com lastro em empresas estrangeiras) da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), diante do desacordo entre reguladores norte-americanos e chineses.
As cinco empresas chinesas disseram que planejam entrar com pedido na Securities and Exchange Committee (SEC, a CVM norte-americana) para retirar seus títulos da bolsa de NY ainda neste mês. A deslistagem dos ADRs deverá entrar em vigor após dez dias.
A PetroChina citou o “ônus administrativo considerável para cumprir as obrigações de divulgação” necessárias para manter sua listagem na bolsa dos EUA, enquanto muitas empresas notaram o volume limitado de negociação de seus ADRs. Segundo a companhia, em 9 de agosto, suas ADRs em circulação representavam cerca de 3,93% do total de ações listadas em Hong Kong, e 0,45% do capital social total da companhia.
Mais de 250 ações de empresas chinesas podem enfrentar fechamentos em massa nos EUA se o país não conseguir chegar a um acordo com a China para que os reguladores norte-americanos inspecionem os documentos de auditoria das chinesas.
Alibaba (BABA34): chinesa quer deixar bolsa de NY
Recentemente o Alibaba (BABA34) revelou que tem planos de buscar uma listagem primária de suas ações em Hong Kong, em um momento em que empresas chinesas sofrem crescente pressão regulatória tanto na Ásia quanto nos EUA. A informação foi divulgada pela própria companhia.
O anúncio vem diante de divergências entre a China e os EUA sobre auditorias de empresas chinesas listadas em território norte-americano.
A nova listagem primária em Hong Kong, que a empresa chinesa espera concluir até o final deste ano, também abrirá caminho para que ações do grupo fiquem mais acessíveis a investidores locais.
Com Estadão Conteúdo