As empresas brasileiras captaram aproximadamente R$ 500 bilhões nos mercados interno e externo em 2019. Esse é o maior valor registrado na série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O valor exato captado pelas empresas nos mercados de capitais do Brasil e internacional em 2019 foi de R$ 498,97 bilhões. O montante corresponde a uma alta de 60,5% em relação aos R$ 310,9 bilhões de 2018.
As operações envolvendo renda fixa e híbridos no mercado interno chegaram a R$ 305,9 bilhões, ante R$ 237,4 bilhões registrados em 2018. As emissões de debêntures permaneceram na mesma escalada de avanço anual que vem acontecendo há três anos, com um leve aumento do volume emitido, de R$ 153,7 bilhões em 2018 para R$ 173,6 bilhões.
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A renda variável local bateu recorde e registrou R$ 90,2 bilhões, passando dos R$ 75,5 bilhões registrados na, até então, maior alta em 2007. As ofertas subsequentes de ações (follow-ons) subiram exponencialmente em 1.500%. Os follow-ons também apresentaram um aumento significativo, passando de R$ 4,5 bilhões em 2018 para R$ 79,9 bilhões em 2019.
As ofertas iniciais de ações (IPOs) avançaram de R$ 6,8 bilhões para R$ 10,2 bilhões, uma alta de 51,7%. O número de operações passou de três IPOs em 2018 para cinco em 2019.
Em 2018, foram captados R$ 248,5 bilhões pelas empresas no Brasil, um valor 59,3% abaixo de R$ 936,1 bilhões alcançados no ano passado. Entre as captações estão incluídas emissões de dívida, ações e instrumentos híbridos.
Lá fora, as operações de renda fixa e variável foram de US$ 25,4 bilhões (R$ 102,87 bilhões) ante aos US$ 15,4 bilhões (R$ 62,37 bilhões) apresentados em 2018. Isso equivale a uma alta de 65% em um ano.
De acordo com a Anbima, os ativos de renda fixa diminuíram a participação no total emitido, passando de 89,1% para 68,2%. Em contrapartida, as ações das empresas subiram de 4,5% para 22,8% da captação interna no ano passado.