Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou que as empresas aéreas devem repassar os valores da valorização do dólar e do combustível para aos consumidores.
“Entre agosto de 2017 e 2018, o câmbio aumentou 25%, e o preço do querosene de avião 60% e atingiu o maior valor da história, disse o presidente da associação em entrevista coletiva.
Nos custos operacionais das empresas brasileiras, o valor do combustível representa cerca de 45% dos gastos totais de operação de cada voo. O dólar, por sua vez, é a moeda utilizada para a compra de mais da metade das despesas operacionais, como o próprio querosene.
Sanovicz afirmou que as empresas estão conseguindo não repassar os gastos agora, graças ao uso de tarifas auxiliares, como assentos especiais, bagagens e serviços exclusivos.
Segundo a Abear a empresa irá utilizar a audiência pública aberta pela ANP, Agência Nacional do Petróleo, para enviar uma possível solução para o problema e sugerir mudanças na equação que determina o valor do combustível de avião.
Além disso, a associação está procurando os presidenciáveis para pauta-los sobre os maiores problemas da economia de aviação civil no país. Entre elas estão a revisão do cálculo do combustível, ampliação de investimentos na área da aviação, autonomia dos órgão reguladores e maior defesa tarifária.