Emprego: governo estuda novo marco do trabalho, segundo secretário
O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou nessa quinta-feira (2) durante uma coletiva virtual que o governo já está estudando um novo marco do trabalho, com custos para contratação resumidos. A declaração veio após o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que “medidas para o emprego ainda estão sendo desenhadas e serão comunicadas brevemente”.
Sobre as medidas para emprego, Guedes ainda indicou que pretendia retomar o projeto conhecido como ‘Carteira Verde e Amarela’. Já o Rodrigues afirmou que o governo irá prosseguir com a agenda de reformas quando a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), estiver mais branda.
Rodrigues ainda apontou que o governo estuda uma reforma tributária menos complexa, enquanto decide sobre a prorrogação do benefício emergencial que permitiu a redução de salários e a suspensão de contratos durante a pandemia.
Benefício emergencial teria preservado emprego de 11,7 mi de brasileiros
A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia informou nessa segunda-feira (29) que o programa de redução temporária de salários e suspensão de contratos de trabalho, criado para reduzir as demissões durante a pandemia de coronavírus, teria preservado cerca de 11.698.243 empregos no Brasil, até a última sexta-feira (26).
De acordo com a Secretaria, o total pago como complementação chegou a R$ 17,4 bilhões, ao passo que 1.348.733 de empregadores adotaram ao programa para manter empregos durante a pandemia.
O órgão ainda destacou que micro e pequenas empresas, cujo faturamento anual chega a até R$ 4,8 milhões, foram responsáveis por 50,4% do total de acordos. Assim, cerca de 46,3% dos acordos aconteceram por parte de empresas de médio e grande porte, enquanto empregados domésticos e trabalhadores intermitentes representaram 3,3% do total de acordos fechados.
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Apesar das medidas adotadas pelo governo para tentar evitar demissões, frente a crise causada pela pandemia de coronavírus, o Brasil registrou o fechamento de 860.503 vagas de emprego formal em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foi o primeiro mês completo sob restrição de funcionamento de empresas para conter o avanço do coronavírus.