Emissão de títulos da Oi (OIBR3) podes complicar recuperação judicial, diz jornal

A possibilidade do pagamento dos títulos estarem atrelados à venda da operação móvel da Oi aumenta a pressão em cima da empresa.

A nova emissão de títulos da Oi (OIBR3) no mercado internacional pode complicar ainda mais a situação da empresa em recuperação judicial

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Na última terça-feira (27), a Oi precificou sua oferta de títulos de dívida em US$ 880 milhões (cerca de R$ 4,526 bilhões). Os papéis vencem em cinco anos, mas podem ser liquidados em três anos se a empresa desejar.

Acontece que o pagamento dessa emissão muito provavelmente está vinculado à venda da operação móvel da companhia de telecomunicações. E já existem apostas de que, se depender do fluxo de caixa, a Oi não terá dinheiro suficiente para honrar a dívida até o final, de acordo com o Broadcast. 

No entanto, os papéis atraíram uma demanda expressiva: US$ 3 bilhões para a nova captação. De acordo com a coluna do jornal, o excesso de recursos no mercado e o retorno considerado bastante atraente, de 8,75%, justificam o sucesso.

Neste momento, o mercado entende que a Oi precisa de muito capital para dar conta da sua própria operação. Provedores regionais têm esquentado a concorrência, principalmente porque eles possuem operações mais leves, casos da Brisanet, Unifique e Desktop

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As três empresas entraram recentemente na bolsa de valores e estão com o caixa abastecido para expandirem seus serviços. 

Pé de meia da Oi 

A companhia de telecomunicações deu como garantia para os investidores dos títulos o direito de uso do espectro das frequências do sinal de telefonia móvel. Trata-se de um recurso de último caso, se a empresa não cumprir com seus compromissos financeiros. 

Para critério de comparação, o espectro das frequências é um dos ativos considerados mais relevantes para as operadoras de telefonia

Além disso, a Oi se comprometeu a colocar em uma conta reserva mais de R$ 600 milhões ao mês para honrar as dívidas com o BNDES e outros R$ 200 milhões para os títulos.

A coluna do Broadcast destaca que essa nova dívida da Oi é mais barata do que a que está sendo paga agora com os recursos captados na emissão dos títulos. A empresa vai liquidar um empréstimo Debtor in Possession (DIP) tomado da Farallon Capital, que tinha as ações da Oi Móvel dadas em garantia.

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Monique Lima

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