Emergentes voltam a atrair investimentos em julho, aponta IIF
O fluxo de investimentos em ações e em títulos de mercados emergentes mostrou sinais de recuperação no último mês de julho, com o dólar americano mais fraco e estímulos fiscais elevando o apetite por risco, segundo dados divulgados pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).
“Começamos a ver recuperação em algumas das partes mais atingidas do mercado de capitais”, escreveu o economista do IIF, Jonathan Fortun. “Há muito foco sobre o quanto essa tendência será sustentada e em que extensão é sentida pelos mercados emergentes.”
De acordo com a instituição internacional, a desvalorização da moeda americana e a política acomodativa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) elevaram as apostas no mundo em desenvolvimento. Com isso, os mercados emergentes atraíram cerca de US$ 15,1 bilhões (equivalente a R$ 80,48 bilhões) em entradas líquidas de capital não residente durante o mês de julho.
Apesar disso, as entradas registraram uma queda em comparação aos US$ 29,2 bilhões do mês anterior, indicando a cautela dos investidores em relação à possibilidade de que os novos casos de coronavírus afetem as perspectivas de crescimento global.
Ações de mercados emergentes têm entrada de US$ 1,9 bi
Além disso, os governos nacionais se beneficiaram dos juros mais baixos e dos vencimentos favoráveis para vender títulos de dívida e os mercados emergentes obtiveram uma entrada de US$ 13,2 bilhões em julho. As ações, por sua vez, atraíram um valor mais baixo, de US$ 1,9 bilhão, para países em desenvolvimento.
Nesse sentido, “daqui para frente, veremos investidores mais exigentes em relação às decisões de investimento para mercados emergentes“, avaliou Jonathan Fortun. “Embora as métricas de confiança mostrem recuperação do cenário”, os dados concretos ainda não acompanharam, acrescentou o economista do IIF.