Os fluxos de portfólio para os mercados emergentes ficaram positivo em US$ 32,9 bilhões (cerca de R$ 172,4 bilhões) em junho, segundo dados divulgados pelo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (1).
Segundo a entidade, US$ 23,5 bilhões desse total são referentes a entradas no mercado de dívida dos emergentes, ao tempo que para ações registrou-se um resultado de US$ 9,4 bilhões.
Desses, US$ 6,1 bilhões foram somente para a China e outros US$ 3,4 bilhões para demais países. No mesmo sentido, o continente asiático como um todo atraiu em junho US$ 5,6 bilhões, seguida da América Latina (US$ 2,3 bilhões); Europa emergente (US$ 1,1 bilhão); e África e Oriente Médio (US$ 400 milhões).
No que tange ao fluxo de dívida, por sua vez, a Ásia emergente ainda registrou o melhor resultado, US$ 11,5 bilhões, à frente da América Latina (US$ 5,0) bilhões; Europa emergente (US$ 3,1 bilhões); e África e Oriente Médio (US$ 4,0 milhões).
“O sentimento negativo em relação aos mercados emergentes se aproximou de níveis extremos em março, o que depois abriu espaço para um período de estabilização e discussões mais equilibradas sobre riscos e oportunidades. Temos visto emissores soberanos da maioria das regiões emergentes conseguindo reduzir custos e alongar vencimentos”, avaliou o IIF.
Emissões internacionais de dívidas crescem entre emergentes
O IIF também informou que as emissões internacionais de dívida registraram um aumento acentuado no segundo trimestre deste ano, acima da média dos últimos anos.
Conforme relatório, a mudança no sentimento é saudável, visto que várias dívidas estão com preços altamente descontados. Isso significa que performances econômicas adversas e fraco crescimento já estão basicamente precificados.
O Instituto ainda comunicou que algumas áreas dos mercados de capitais que mais sofreram com os impactos da pandemia do novo coronavírus estão se recuperando e há um grande foco sobre a sustentabilidade dessa tendência.
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“As tensões entre Washington e Pequim estão pesando sobre o sentimento, à medida que se aproximam as eleições presidenciais nos EUA em novembro. Embora índices de sentimento mostrem uma recuperação nas projeções, os indicadores econômicos reais ainda ficam para trás”, destacou o documento.
Para o IIF, o modo de recuperação econômica nos países emergentes será determinadas pela capacidade das economias de colocarem em funcionamento políticas eficientes para impulsionar a retomada.
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