A Embraer anunciou, na última quarta-feira (13), um recall de seus jatos executivos do modelo Phenom 300. O presidente da unidade de serviço e suportes da empresa, Johann Bordais, informou que a chamada ocorreu por conta de casos de corrosão na parte traseira das aeronaves.
O fator identificado em alguns dos aviões pode causar perda de controle da aeronave. De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, 30% da frota de jatos executivos da Embraer passará por revisão, ou seja, aproximadamente 150 aviões.
A empresa separou as aeronaves em dois grupos, conforme uma análise de quais são mais suscetíveis à corrosão. Isso ocorreu após os relatos indicarem que a região onde o avião opera contribui de forma significativa para o aumento das corrosões.
Os aviões do grupo um, com maior probabilidade de corrosão, passarão por revisão de três dias ou cinco horas de voo. Segundo as informações divulgadas pela companhia, cerca de 20% da frota deverá realizar a inspeção preventiva nesse prazo.
“As demais aeronaves serão incluídas no grupo 2, o qual terá a mesma data para cumprimento das inspeções, ou seja, 60 dias ou 100 horas de voo, o que ocorrer primeiro”, diz a empresa em nota.
O presidente de serviços da empresa ressaltou ainda que reconhece que os clientes poderão sofrer impactos significativos a curto prazo. No entanto, a fabricante de aeronaves informou que está trabalhando para minimizar o impacto das operações e para garantir a segurança.
“Portanto, recomendamos aos nossos clientes que entrem em contato com o centro de serviços de sua preferência para planejar a inspeção o quanto antes”, afirmou Bordais.
Prejuízo da Embraer no terceiro trimestre
No terceiro trimestre deste ano, a Embraer teve prejuízo atribuído aos acionistas de R$ 314,4 milhões. Em contrapartida, no segundo trimestre houve lucro de R$ 26,1 milhões.
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O prejuízo aumentou mais de seis vezes em comparação com as perdas do mesmo período de 2018. Entre janeiro e setembro, a fabricante fechou as contas no vermelho em R$ 449,1 milhões.
A Embraer salientou ainda que houve uma elevação da “outras receitas (despesas) operacionais líquidas”, muito por conta dos custos de separação relativos à parceria estratégica com a Boeing.