A Embraer (EMBR3) informou na manhã desta sexta-feira (12) que entregou 71 jatos no quarto trimestre de 2020, sendo 28 comerciais e 43 executivos (23 leves e 20 grandes), o que representa uma queda de 10 aeronaves entregues no trimestre em relação ao mesmo período de 2019. Em 31 de dezembro, a carteira de pedidos firmes a entregar totalizava US$ 14,4 bilhões.
No ano de 2020 a companhia entregou um total de 130 jatos, sendo 44 comerciais e 86 executivos (56 leves e 30 grandes), o que representa uma redução de quase 35% em relação a 2019, quando 198 jatos foram entregues.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que embora tenham acelerado durante o quarto trimestre de 2020 em relação aos três trimestres anteriores, as entregas foram fortemente impactadas, principalmente na aviação comercial, pela pandemia da covid-19.
Embraer vê tráfego aéreo voltando a normalidade apenas em 2024
A empresa, em dezembro, havia anunciado que prevê o tráfego aéreo global voltando aos níveis de 2019 apenas em 2024, ficando 19% do volume previsto anteriormente pela empresa ao longo da década, até 2029.
“O impacto de curto prazo da pandemia global tem implicações de longo prazo na demanda por novas aeronaves”, disse Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, na época.
Em compensação, para o CEO, a crescente importância das rotas domésticas e regionais para as companhias na restauração do setor impulsionará a Embraer.
“Nossa previsão reflete algumas das tendências que já estamos observando – a aposentadoria antecipada de aeronaves mais antigas e menos eficientes, a preferência por aviões menores para atender à demanda mais baixa de forma lucrativa, e a crescente importância das rotas domésticas e regionais para as companhias na restauração do serviço aéreo. Aeronaves com até 150 assentos serão essenciais para a rápida recuperação da nossa indústria”, afirmou.
As entregas previstas pela Embraer para o futuro estão divididas em 1.520 unidades para companhias aéreas da América do Norte e 1.220 unidades para empresas da China e da Ásia.
(Com Estadão Conteúdo)