A Embraer (EMBR3.SA) recebeu uma encomenda de 12 aeronaves A-29 Super Tucano da Força Aérea da Nigéria.
O pedido foi divulgado nesta quarta-feira (06). A Embraer não informou os prazos de entrega das aeronaves. Os aviões deverão ser usados em missões de apoio aéreo e tático. A produção dos modelos será em Jacksonville, na Flórida.
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Além da Nigéria, outros países já adotaram o Super Tucano:
- Brasil
- Estados Unidos
- Equador
- Afeganistão
- Chile
- Mali
- Colômbia
O avião, lançado em 2004, possui sistemas eletrônicos, eletro-ópticos, infra-vermelho e laser e é utilizado em vigilância de fronteira e monitoramento aéreo. A negociação precisou ser autorizada pelo conselho de segurança dos Estados Unidos. Além disso, os pilotos também passaram por treinamentos.
“O A-29 Super Tucano se tornou uma referência mundial em ataque leve e treinamento avançado com histórico comprovado em várias zonas de combate ao redor do mundo”, disse Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “A Embraer dá as boas-vindas à Nigéria como o mais recente país-membro dessa verdadeira coalizão internacional que está ajudando a trazer a paz para o mundo”, informou em comunicado.
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Segundo a empresa, o Super Tucano tem 360.000 horas de voo, que inclui 46.000 horas em missões de combate real.
Fusão com a Boeing
Em julho de 2018, a Embraer aprovou a fusão com Boeing para a criação de uma joint venture. A empresa está sendo avaliada em US$ 5,26 bilhões. Inicialmente, o valor era estimado em US$ 4,75 bilhões.
A Boeing pagará US$ 4,2 bilhões (ou R$ 16,4 bilhões), cerca de 10% a mais do que era previsto. No entanto, este valor supera em mais de 7% o valor de mercado da companhia brasileira.
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Apesar do negócio, a justiça tenta bloquear a fusão entre a Boeing e a Embraer. No último dia 17 de janeiro, o Ministério Público do Trabalho entrou com recurso de urgência no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para reconsiderar a decisão.