O vice-presidente financeiro e relações com investidores da Embraer (EMBR3), Antonio Carlos Garcia, afirmou que, em 2026, a companhia pode reportar vendas líquidas de US$ 8 bilhões. A declaração foi feita em reunião promovida pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), acompanhada pelo Valor Econômico.
Segundo o executivo, a empresa pode chegar a esse patamar de vendas líquidas se for mantido o ritmo médio de aumento de receitas da Embraer de 12%, observado nos últimos anos, e sem levar em conta a futura contribuição da Eve.
Em 2019, ano anterior ao início da pandemia de coronavírus, a Embraer reportou vendas líquidas de US$ 5,4 bilhões.
Já para este ano, há a expectativa de que a Embraer registre uma cifra entre US$ 4,5 bilhões e US$ 5 bilhões.
No entanto, segundo Garcia, em função dos gargalos na cadeia de suprimentos que a indústria aeronáutica enfrenta pelo mundo, além dos atrasos no fornecimento de motores e peças, a tendência é de que a receita varie de US$ 4,6 bilhões e US$ 4,7 bilhões.
Focos da fabricante de aviões
O executivo ainda declarou que a Embraer teve foco em recuperação e solidez financeira, mas sem deixar de realizar investimentos em inovação. Isto pode ser observado pela Eve, subsidiária de mobilidade aérea urbana da empresa.
Nesta terça-feira (29), a Eve assinou uma carta de intenção com a Bluenest, companhia global da Globalvia, para fornecer sua solução de Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano (UATM) em suporte ao futuro Sistema de Automação de Vertiportos.
Em nota, a Embraer informa que, como parte do acordo, as companhias somarão esforços para estudar a utilização em operações de Mobilidade Aérea Urbana (UAM), desenvolvendo um modelo operacional em regiões e missões específicas conforme as necessidades da Bluenest.
Cotação da Embraer nesta terça-feira
Nesta terça, as ações da Embraer fecharam em queda de 3,63%, a R$ 13,51. Este foi o terceiro pregão consecutivo em que a empresa registrou baixa na bolsa de valores brasileira.
No acumulado deste ano, as ações da Embraer apresentam desvalorização de 45,56%.
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