Embraer (EMBR3) vai subir ainda mais após alta de 108%? BTG acha que sim

As ações da Embraer (EMBR3) figuram como a maior alta do Ibovespa em 2024, com uma rentabilidade acumulada de 108% até então.

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Apesar do rali expressivo das ações da Embraer, analistas ainda projetam uma continuidade na apreciação dos papéis.

O BTG Pactual emitiu um relatório mantendo recomendação de compra para as ADRs da companhia, listadas nos EUA, com preço-alvo de US$ 39 – ao passo que os papéis negociam a cerca de US$ 33.

O relatório é um parecer sobre o recente anúncio da fabricante de aeronaves, de uma venda de até seis aviões A-29 Super Tucano para a Força Aérea Uruguaia (FAU).

O contrato inclui a aquisição de uma aeronave com um compromisso de compra de cinco unidades adicionais, com entrega a partir de 2025.

“O acordo de hoje segue o anúncio do mês passado de que a Força Aérea Paraguaia adquiriu seis A-29 Super Tucanos, fortalecendo ainda mais o reconhecimento da divisão de defesa e segurança da Embraer”, diz o BTG sobre a novidade.

“Recentemente, atualizamos nosso modelo financeiro e, apesar da forte alta nos últimos meses, ainda vemos a Embraer sendo negociada com múltiplos atraentes (8x EV/EBITDA 2025) em comparação com seus principais pares globais de aviação (desconto de 30%), o que acreditamos ser injustificado”, completa.

Entenda mais sobre a novidade da Embraer

Essa venda de aviões pela Embraer foi comunicada pela companhia ainda nesta segunda (26).O valor da compra não foi revelado pela companhia.

Com essa aquisição, o Uruguai se junta a Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Paraguai na operação do A-29 Super Tucano na América do Sul.

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O avião é empregada em uma variedade de missões, incluindo controle de atividades ilícitas, monitoramento de fronteiras, reconhecimento e treinamento avançado.

“Com essa aquisição, o Uruguai passará a contar com capacidades diferenciadas que contribuirão sobremaneira para a vigilância de suas fronteiras e aumento da prontidão operacional da FAU”, disse Bosco da Costa Jr., presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Segundo o BTG, a aquisição faz parte da iniciativa de renovação da frota da FAU para aumentar a capacidade operacional.

“De acordo com o Ministro da Defesa Nacional do Uruguai, o acordo marca um avanço significativo nas capacidades de defesa do país, melhorando o controle sobre a soberania territorial e combatendo o crime em todas as suas formas”, diz a casa.

“O A-29 Super Tucano é celebrado por sua versatilidade operacional, especialmente na América do Sul. Ele é utilizado para uma variedade de missões, incluindo combate ao crime, vigilância de fronteiras, reconhecimento e treinamento avançado. Com mais de 260 pedidos e mais de 570 mil horas de voo – 60 mil das quais em combate – o A-29 é a aeronave líder em sua categoria”, completa.

Vale destacar que o acordo também abrange equipamentos de missão, serviços de logística integrados e um simulador de voo.

Com o pedido, o Uruguai se tornará o sexto país sul-americano a operar o A-29 Super Tucano, juntando-se ao Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Paraguai.

Segundo o BTG, embora o acordo seja relativamente pequeno (estimativas são de que ele adicione US$ 72 milhões em receita, assumindo um preço de US$ 12 milhões por aeronave), a decisão é vista como um desenvolvimento positivo, aumentando a visibilidade e o valor da divisão de Defesa e Segurança (D&S) da Embraer.

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Eduardo Vargas

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