Embraer (EMBR3): total de entregas é fraco, aponta Itaú BBA; veja os números
A Embraer (EMBR3) divulgou sua prévia operacional do segundo trimestre de 2022 (2T22) nesta segunda-feira (25).
De acordo com o relatório, a empresa entregou 32 jatos, sendo 11 comerciais e 21 executivos (12 leves e 9 médios). No acumulado de janeiro a junho, o total de aeronaves entregues pela Embraer foi de 46 (17 comerciais e 29 executivas).
A carteira de pedidos firmes (backlog) finalizou o 2T22 em US$ 17,8 bilhões. De acordo com a Embraer, esse é o maior nível desde 2T18.
O índice foi impulsionado por novas vendas de aeronaves e serviços, aumento de 12% na comparação anual, sendo US$ 15,9 bilhões registrados no 2T21.
No último dia de junho, a Embraer possuía 312 pedidos firmes de aeronaves a entregar, compostos em sua maioria por E175 e E195-E2.
Entre abril e junho, a Embraer recebeu na família de operadores de E-Jets a Sky High, da República Dominicana, que vai operar dois jatos E190 de primeira geração. Essas aeronaves serão cobertas pelo Programa Pool, cujo contrato foi anunciado pela Embraer Serviços & Suporte.
Em junho, a Embraer assinou um pedido firme para conversão de até 10 E-Jets em aeronaves cargueiras com um cliente “não-divulgado”. As aeronaves virão da atual frota de E-Jets deste cliente, com entregas a partir de 2024.
Conforme o relatório divulgado, este é o primeiro contrato firme para a conversão de E-Jets, o segundo acordo para esse tipo de operação.
Ainda no segundo trimestre de 2022, a Embraer Defesa & Segurança entregou o último caça modernizado AF-1 para a Marinha do Brasil. No mercado de aviação executiva, os resultados confirmam o posicionamento da Embraer nos segmentos de jatos leves e médios, com aumento da demanda.
Repercutindo a prévia do 2T22 da Embraer, os analistas do Itaú BBA se posicionaram. Na visão do banco de investimentos, os números são fracos: “Acreditamos ofuscar as notícias de uma carteira de pedidos robusta”, diz o texto.
Além disso, as entregas ficaram aproximadamente em linha com as expectativas, “o que parece deixar a empresa ainda mais longe do topo de seu guidance para 2022 e mais perto da base”.
Para alcançar o topo do guidance, conforme os analistas, a Embraer precisaria entregar 43-53 aeronaves comerciais no segundo semestre do ano, implicando um crescimento de 72% a 112% na comparação anual e 71-81 aeronaves executivas no mesmo período (que seria uma alta de 18%-35% na base anual).
Cotação da Embraer
A ação da Embraer encerrou o pregão do Ibovespa hoje em queda de 0,67%, a R$ 11,79. No ano, acumula perdas de 53,29%.