A Embraer (EMBR3) informou nesta terça-feira (12) que realizou a entrega de apenas cinco jatos comerciais no primeiro trimestre de 2020, associando a queda às negociações com a feitas com a Boeing.
A Embraer esperava que a venda da divisão de aviação comercial à Boeing aumentasse as vendas do modelos E2 de jatos. Dessa forma, a fabricante brasileira culpa a empresa norte-americana, que desistiu do negócio no mês passado em meio a polêmica.
O acordo de joint-venture entre a Boeing e a Embraer era avaliado em US$ 4,2 bilhões (cerca de R$ 22,9 bilhões). A parceria foi firmada em 2018 e previa a venda de parte do controle de aviação da brasileira para norte-americana. A companhia brasileira alegou que as preparações para concluir o negócio com a empresa norte-americana tiveram um “impacto negativo” no número de entregas de jatos.
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Os pedidos do jato E175, mais vendido da Embraer com capacidade para até 90 pessoas, registraram queda de 15 aeronaves, exceto os aviões que foram entregues no primeiro trimestre. As opções chamadas de mais flexíveis também tiveram queda de 15 jatos. A carteira de encomendas para o avião, em geral, fica em torno de 456.
No que tange a outros modelos de aeronaves comercias da Embraer, os pedidos permaneceram iguais.
Entregas da Embraer ficam abaixo dos números de 2019
O número de aeronaves entregues pela Embraer no primeiro trimestre de 2020 foi inferior a metade do que a companhia entregou, apesar de ser o período mais fraco do ano . A companhia brasileira entregou, entre os meses de janeiro e março, 11 jatos comerciais no ano de 2019 e outros 14 em 2018.
Da mesma maneira, as entregas de jatos executivos também registram queda, de 11 aeronaves no ano anterior para 9 neste ano.
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A Embraer enviou, em janeiro, seus funcionários para casa e suspendeu a produção, com o objetivo de se preparar para o acordo com a Boeing.
Além disso, de acordo com a Embraer, a sua carteira de pedidos firmes a entregar totalizou US$ 15,9 bilhões em 31 de março, ante US$ 16,8 bilhões no final do ano anterior.