Por volta das 15h10 dessa sexta-feira (11), a ação da Embraer (EMBR3) operava em alta de 4,10%, cotada a R$ 20,82, enquanto o Ibovespa marcava 129.263,34 pontos, caindo 0,62%.
Na última quinta-feira, a fabricante de aviões informou ao mercado que a sua staturp de “carros voadores”, a Eve Urban Air Mobility, está em negociações relacionadas a uma possível fusão com a Zanite Acquisition, e isso fez com que os papéis decolassem. A ação da Embraer disparou na sessão de ontem (10), e fechou o pregão a R$ 20 após avançar 15,61% durante o dia.
Além disso, após a notícias, o BofA elevou a classificação da Embraer de ‘neutro’ para ‘compra’, em relatório divulgado nesta quinta-feira.
Segundo o analista da Terra Investimentos, Régis Chinchila, a busca por novas oportunidades em tecnologia tem sido um movimento crescente dentro da Embraer. “Soluções disruptivas de mobilidade aérea urbana podem trazer o mesmo tipo de benefício que a aviação já trouxe para viagens mais longas, dando aos passageiros urbanos mais opções para se deslocarem pela cidade”, afirma.
Já o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, comenta que “a notícia pode ajudar a companhia a recuperar valor de mercado enquanto seus mercados tradicionais ainda se encontram sob condições disfuncionais (por causa da pandemia)”.
Vale lembrar que no início da pandemia de coronavírus (Covid-19), a fabricante de aeronaves assistiu à demolição da combinação bilionária de negócios que havia firmado com a americana Boeing, após um longo período de negociações e aprovações regulatórias em todo o mundo.
Em meio a um mercado em crise, por causa da redução dos voos naquele início de pandemia, a Embraer se viu sozinha e tendo de arcar com os custos de reunificar suas operações: isso porque o contrato com a Boeing se concentrava no segmento comercial, com as áreas militar e executiva ficando na companhia “velha”. O fim do negócio virou uma briga na Justiça entre as duas fabricantes.
Embraer viu prejuízo crescer 174% em 2020
As dificuldades ficaram mais visíveis nos resultados recentes da Embraer, que anotou um prejuízo de R$ 3,6 bilhões no ano passado, aumentando em 174% a perda de R$ 1,3 bilhão que havia reportado em 2019.
Além disso, no ano passado, a Embraer entregou 148 aeronaves, ante 208 de 12 meses antes. Em relação aos pedidos, a carteira somava US$ 14,4 bilhões em dezembro último, ante US$ 16,8 bilhões um ano antes.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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