Embraer (EMBR3) planeja novo jato em meio ao rali nas ações

O CEO da Embraer (EMBR3) indicou que a empresa pode, no futuro, expandir sua linha além dos jatos regionais e executivos que oferece atualmente.

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“Estamos realizando estudos para um novo produto, mas ainda não temos planos concretos”, afirmou Francisco Gomes Neto em entrevista à Bloomberg TV, quando questionado sobre a possibilidade de a Embraer desenvolver um concorrente para o 737 da Boeing ou o A320 da Airbus.

Há tempos, especialistas em aviação questionam se a Embraer, o terceiro maior fabricante de aviões comerciais do mundo, poderia ingressar no mercado de jatos maiores, dominado pela Boeing e Airbus.

No entanto, lançar um novo programa de aeronaves comerciais exigiria um investimento de dezenas de bilhões de dólares e muitos anos de desenvolvimento, com o risco de erros resultarem em grandes perdas financeiras.

Neto reiterou que “ainda não há planos para crescimento” durante uma entrevista à Bloomberg na última quinta-feira (17).

O executivo destacou que a principal prioridade da Embraer no momento é fechar negócios para seus jatos regionais, como o E2, e sua linha de jatos executivos.

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“Nosso portfólio de produtos é muito jovem”, disse ele. “Nosso foco agora é realmente vender os produtos que já temos”, completou.

As ações EMBR3 já sobem mais de 100% em 2024, mas os analistas do Itaú BBA acreditam que o rali ainda deve continuar.

A casa tem recomendação de compra para as ações da Embraer (EMBR3), com preço-alvo de US$ 43 para as ADRs negociadas em Nova York. Os principais fatores que sustentam a visão positiva são:

  • Ambiente competitivo favorável, com concorrentes enfrentando desafios operacionais e de cadeia de suprimentos;
  • Demanda forte, com a aviação em fase ascendente, favorecendo aeronaves narrow-body;
  • Potencial de crescimento no backlog de pedidos e nas margens, com entregas para 2024 representando cerca de 80% da capacidade, e com lucratividade crescente.

Além disso, completa o BBA, o valuation das Embraer não é considerado excessivo (7,5x EV/EBITDA para o próximo ano), com uma estimativa de retorno sobre o capital de 15% em dólares sob premissas conservadoras.

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Guilherme Serrano

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