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Embraer (EMBR3) sobe mais de 100% no ano: rali vai continuar?

Embraer Phenom 300 - Foto: Aktug Ates/Wikimedia Commons

Embraer Phenom 300 - Foto: Aktug Ates/Wikimedia Commons

Neste ano, as ações da Embraer (EMBR3) já sobem mais de 100%. Mas, de acordo com o Itaú BBA, isso não é motivo para que os papéis parem de avançar.

A casa tem recomendação de compra para as ações da Embraer (EMBR3), com preço-alvo de US$ 43 para as ADRs negociadas em Nova York. Os principais fatores que sustentam a visão positiva são:

Além disso, o valuation das ações EMBR3 não é considerado excessivo pelo BBA (7,5x EV/EBITDA para o próximo ano), com uma estimativa de retorno sobre o capital de 15% em dólares sob premissas conservadoras.

Confira os principais pontos que o Itaú BBA destaca sobre a Embraer:

Ambiente Competitivo Único: Apenas três fabricantes de aeronaves são autorizados a operar globalmente: Boeing, Airbus e Embraer. Enquanto Boeing e Airbus enfrentam problemas operacionais, como greves e restrições na cadeia de suprimentos, a Embraer está com menos restrições e uma capacidade de produção ainda subutilizada (entregas comerciais de 76 aeronaves previstas para 2024, com uma capacidade de 105 aeronaves).

Demanda Favorável: O setor de aviação é cíclico, mas o relatório destaca que os fatores que normalmente desencadeiam uma recessão (recessão econômica global ou excesso de capacidade) não estão presentes atualmente. A expectativa é que a Embraer continue se beneficiando do aumento das encomendas, especialmente de companhias aéreas regionais e de baixo custo. O setor de defesa, com a aceitação crescente da aeronave KC-390, também tem um panorama positivo, assim como os segmentos de jatos executivos e serviços.

Desempenho Operacional em Melhoria: A Embraer está em um momento de transição. O aumento significativo no preço das ações desde 2022 foi impulsionado por uma reavaliação do mercado, mas o relatório acredita que, daqui para frente, o movimento dos preços será impulsionado pelas revisões positivas no consenso do mercado e pela execução operacional das entregas.

Margem para Melhorias no Consenso: A previsão para 2024 é de 76 entregas de aeronaves comerciais, com capacidade de 105, sugerindo um espaço considerável para melhorias. A margem EBIT atual de 1,2% tem potencial de crescer para números entre médios e altos de um dígito. Além disso, no segmento de Defesa, há uma oportunidade significativa, já que a capacidade de produção é de 18 aeronaves, mas as entregas previstas são de apenas 4 em 2024.

Retorno sobre o Capital Atraente: O relatório calcula um retorno sobre o capital de 15% para a Embraer, com potencial de valorização adicional no EBITDA e fluxo de caixa livre. Isso se baseia em uma taxa de crescimento anual composta de 15% para o EBITDA, um múltiplo de saída de 7,0x e um valor de USD 200 milhões para a participação da Embraer na EVE, com um desconto de 75% em relação à sua capitalização de mercado atual.

Riscos na Cadeia de Suprimentos: Embora a Embraer seja menos impactada do que seus concorrentes pelos gargalos no fornecimento de motores, a dependência dos motores PW1900 representa um risco para as entregas de aeronaves comerciais em 2024. A previsão é de 76 entregas comerciais, mas o relatório reconhece um risco de queda.

Expectativa para o 3T24: Espera-se 16 entregas no segmento comercial e 37 no segmento executivo. O relatório prevê que a lucratividade observada no 2T24 se mantenha, com o potencial de uma mensagem positiva da gestão sobre a geração de caixa no 4T24, impulsionada pela sazonalidade e pela indenização de USD 150 milhões da Boeing.

Em resumo, o relatório afirma que a Embraer está bem posicionada para continuar seu crescimento, com um ambiente competitivo favorável e espaço para melhorias operacionais significativas.

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