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Embraer (EMBR3): com alta de 150% no ano, ainda há upside?

Embraer (EMBR3)

Embraer (EMBR3). Foto: Reprodução/ Embraer

O Goldman Sachs participou de uma reunião com executivos da Embraer (EMBR3) e reforçou a visão otimista para a companhia, cujas ações sobem cerca de 150% em 2024.

Durante o evento, a empresa destacou o aumento na demanda por jatos regionais e executivos, além de oportunidades crescentes no setor de defesa e serviços.

O Goldman Sachs, por sua vez, reiterou recomendação de compra para as ações da Embraer (EMBR3), com preço-alvo de R$ 44, potencial de alta de cerca de 18%.

Confira os principais pontos destacados pela casa acerca do evento da Embraer:

Entrega de jatos em ritmo acelerado

A Embraer prevê um crescimento de dois dígitos nas entregas de jatos comerciais em 2025, apoiado por uma carteira de pedidos robusta e iniciativas para aumentar a produção.

Atualmente, a capacidade anual de entrega está em torno de 105 unidades, mas a companhia projeta entregar entre 70 e 73 aeronaves em 2024.

Jatos executivos

O segmento de jatos executivos da Embraer também segue aquecido, com a demanda distribuída entre operadores de frotas, indivíduos e corporações, cada grupo representando cerca de um terço das vendas.

A baixa disponibilidade de aeronaves usadas (com até cinco anos de idade) reforça o potencial de mercado. A Embraer aposta no Praetor, seu modelo para o mercado corporativo de médio porte, como uma oportunidade de expandir sua participação nesse segmento.

Expansão com o KC-390

No setor de defesa, a Embraer espera crescimento na receita, com previsão de seis entregas do cargueiro militar KC-390 em 2024 e uma meta de dez unidades anuais até o final da década.

O modelo tem se posicionado como um dos favoritos para integrar as forças da OTAN, com contratos já firmados com nações membros. A expectativa é que o segmento de defesa alcance margens operacionais de dois dígitos, impulsionado pelo aumento nas exportações e alavancagem operacional.

Margens em expansão e maior geração de caixa

A Embraer espera uma melhora consistente nas margens dos segmentos comercial e executivo, enquanto o setor de serviços deve permanecer como o mais lucrativo. O fluxo de caixa livre também deve ganhar força, com a meta de converter 50% do EBITDA em caixa livre conforme a capacidade instalada se aproxima do uso pleno. A companhia ressalta que não há necessidade de investimentos adicionais significativos para sustentar vários anos de crescimento de receita.

Entre os principais riscos para a tese da Embraer, o Goldman Sachs cita:

Em suma, a casa acredita que, com fundamentos sólidos e um plano estratégico consistente, a Embraer continua bem posicionada para capturar oportunidades nos mercados globais.

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