Ex-presidente da Embraer (EMBR3) é absolvido em processo por informação privilegiada na CVM
O ex-presidente da Embraer (EMBR3), Paulo Cesar de Souza e Silva, foi absolvido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) da acusação de informação privilegiada (insider trading).
A CVM absolveu o ex-presidente da Embraer por quatro votos a um.
O processo havia sido instaurado sob a responsabilidade da Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) da CVM.
Em suma, uma venda de ações da Embraer feita por Souza e Silva em meados de janeiro de 2019 poderia ter dado usufruído de informações ainda não comunicadas ao mercado – o que poderia ir de encontro com a Instrução CVM 358.
O único voto do colegiado que não foi pela absolvição, de Flávia Perlingeiro, pedia multa de R$ 257,4 mil. A cifra corresponde à eventual perda evitada pelo executivo na venda das ações, com correção monetária.
O presidente da CVM, João Pedro Nascimento, foi um dos que votou pela absolvição, considerando as informações apresentadas pelo ex-presidente da Embraer suficientes para mitigar a tese de informação privilegiada.
Também votaram pela absolvição João Accioly, Alexandre Rangel e Otto Lobo.
Embraer encolheu lucro em 31%, para R$ 226 milhões
A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 226,2 milhões no quarto trimestre de 2022, ante os R$ 327,2 milhões no mesmo período do ano passado, representando uma queda de 31% na base anual.
De outubro a dezembro, o lucro líquido atribuído a acionistas da Embraer foi de R$ 119,2 milhões, alta ante os R$ 11,1 milhões do mesmo período de 2021, de acordo com o balanço enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta sexta-feira (10).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Embraer ficou em R$ 1,070 bilhão, no quarto trimestre, o que representou alta de 71% em relação aos R$ 624 milhões de igual intervalo do ano anterior. Com isso, a margem Ebitda foi de 10,2% no período, ante 8,6% um ano antes.
A receita líquida somou R$ 10,5 bilhões no quarto trimestre deste ano, representando alta de 44% na comparação com igual etapa de 2021, e também em linha com as estimativas (guidance) da companhia.
A dívida líquida da empresa fechou o ano em R$ 3,767 bilhões, ao passo que no fim de 2021 a cifra era de R$ 7,768 bilhões.
Com isso, a alavancagem da Embraer – razão entre a dívida líquida e o Ebitda – foi de 2,1x ao fim do ano de 2022, representando uma queda de 1,9 ponto percentual (p.p.) ante a alavancagem registrada no fim de 2021.