A Embraer (EMBR3) divulgou que a sua startup subsidiária, a Eve UAM, concluiu o estudo para a integração do espaço aéreo para a Mobilidade Aérea Urbana no Reino Unido.
Liderado pela Eve, da Embraer, o Consórcio de Mobilidade Aérea é formado por empresas globais com experiência em aviação, como a NATS, Aeroporto de Heathrow, Aeroporto London City, Skyports, Atech, Volocopter e Vertical Aerospace, que desenvolveram o projeto em parceria com o hub de Inovação da Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA) por meio do “sandbox”, um ambiente regulatório experimental.
Segundo a empresa, a iniciativa da CAA oferece às organizações ou consórcios a oportunidade de testar e selecionar a viabilidade de suas soluções inovadoras, ao mesmo tempo em que ajuda o regulador a moldar futuras normas de acordo com essas novas tecnologias e conceitos.
Em janeiro de 2021, o Consórcio de Mobilidade Aérea do Reino Unido foi selecionado pela CAA para participar do Sandbox: Future Air Mobility Challenge.
O objetivo foi desenvolver uma estrutura estratégica para definir projetos, procedimentos e infraestrutura do espaço aéreo de baixo nível e integrar, com segurança, novos tipos de operações de UAM em todo o território do Reino Unido.
A companhia lembra em nota que o primeiro marco importante do projeto foi a compilação de um estudo de referência descrevendo os principais desafios regulatórios para viabilizar operações de mobilidade aérea urbana de emissão zero com segurança, eficiência e de forma escalonável, que gerou o documento Civil Aviation Publication 2272.
O consórcio usou esse estudo de referência para identificar em quais áreas focar, de modo a garantir que os conceitos propostos considerem os critérios previamente alinhados com o regulador.
O Conops foi desenvolvido como um estudo de caso centrado em Londres, transportando passageiros dentro de uma rede de vertiportos do Aeroporto de Heathrow (LHR) para o Aeroporto London City (LCY).
Subsidiária da Embraer usará estudo para melhoras de curto prazo
O consórcio seguiu um processo rigoroso para desenvolver os conceitos, incluindo revisões interativas do hub de Inovação da CAA e uma ampla gama de especialistas no assunto, incorporando seus comentários ao documento final.
Também aproveitou dados quantitativos derivados de simulações de modelagem computacional para apoiar seus conceitos propostos, bem como uma série de atividades de engajamento de partes interessadas para entender melhor as preocupações e necessidades destes públicos relacionadas às operações de UAM.
“A infraestrutura necessária para apoiar a futura implementação da Mobilidade Aérea Urbana será significativa e um elemento-chave para o sucesso deste novo setor. Os detalhes significativos neste relatório e seu cenário do mundo real significam que ele abre o caminho para tornar a mobilidade aérea urbana uma realidade, afirma na nota Frederic Laugere, líder de Serviços de Inovação da CAA do Reino Unido.
Já Andre Stein, co-CEO da Eve, afirma que este Conops se concentra inicialmente nas soluções necessárias para enfrentar os desafios de curto prazo que possam ter impacto nas operações comerciais iniciais.
“O estudo de Londres e o Conceito de Operação fornecem um exemplo tangível para a autoridade aeronáutica britânica entender melhor os objetivos da mobilidade aérea urbana e apoiar o desenvolvimento de regulamentações futuras. Nosso trabalho também indica o quão próspero será o mercado de voos de eVTOL no Reino Unido no futuro”, relata o co-CEO da subsidiária da Embraer.
Com Estadão Conteúdo