A Embraer (EMBR3) anunciou nesta quarta-feira (16) que planeja o estudo de uma aeronave regional conceitual com emissão zero em parceria com as empresas Widerøe e Rolls-Royce.
O estudo cooperativo de 12 meses, com pesquisa e desenvolvimento pré-competitivo, vai abordar as exigências de passageiros de se manterem “conectados de forma mais sustentável num mundo pós-pandemia”, diz a companhia.
A nota afirma que a Embraer busca desenvolver novas tecnologias que vão permitir que países sejam capazes de dar suporte de mobilidade aos seus passageiros, enquanto utilizam a infraestrutura já existente de forma sustentável.
De acordo com fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela Embraer, os avanços na pesquisa científica podem tornar a energia limpa e renovável um grande facilitador para uma nova era da aviação regional.
“As três empresas compartilharão seu conhecimento aprofundado de design de aeronaves, demanda de mercado, operações e soluções de propulsão, para desenvolver ainda mais a compreensão das tecnologias de emissão zero, seu amadurecimento e aplicação às futuras aeronaves regionais”, acrescenta o texto.
A Embraer explica ainda que o estudo vai cobrir o desenvolvimento de novas tecnologias de propulsão, de forma que seja possível analisar várias soluções potenciais, “incluindo aeronaves totalmente elétricas, com célula de combustível de hidrogênio ou aeronaves movidas a turbina a gás de hidrogênio”.
No comunicado, Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer, diz que as inovações esperadas com o estudo têm o potencial de permitir que a energia limpa e renovável impulsione uma nova era da aviação regional. “O objetivo de nossa colaboração é criar soluções de voo que atendam segmentos de mercado de maneira verde. Acredito que isso possa levar a uma conectividade totalmente sustentável, incluindo operações intermunicipais de curta distância”.
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Embraer (EMBR3) avança em regulação de ‘carro voador’
Uma das empresas da Embraer (EMBR3), a Eve formalizou processo de obtenção de certificado para o projeto do eVTOL – modelo popularmente conhecido como ‘carro voador’ – junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Com isso, a Eve oficializa o compromisso de demonstrar cumprimento com os padrões técnicos internacionais e requisitos de aeronavegabilidade obrigatórios para a certificação das aeronaves da Embraer.
Com o apoio da Anac, a Eve dará continuidade às interações com as principais autoridades aeronáuticas estrangeiras, formalizando em breve o processo de validação do certificado de acordo com a sua estratégia global de negócio.
“Do ponto de vista da regulação há muito trabalho a ser feito, não somente em relação à tecnologia da aeronave, mas também na definição de todo ecossistema”, diz Roberto Honorato, superintendente de aeronavegabilidade da Anac.
O eVTOL da Eve é uma aeronave de pouso e decolagem vertical totalmente elétrica. De acordo com a Embraer, o modelo, projetado com foco nos usuários, proporcionará um transporte confortável, com baixo ruído e zero emissões de carbono.
“A formalização do processo de certificação do eVTOL é um passo importante para a continuidade das discussões que vêm sendo realizadas entre Eve e ANAC em direção à certificação do veículo para mobilidade urbana”, aponta Luiz Felipe Valentini, diretor de tecnologia da Eve.
Em dezembro do ano passado, a Eve e a Sydney Seaplanes, empresa da Austrália, anunciaram uma parceria para iniciar a implantação de operações de táxi aéreo elétrico na cidade de Sydney, com uma encomenda inicial de 50 aeronaves a ser entregue a partir de 2026.
Última cotação
No fechamento desta quarta-feira (16), a ação da Embraer subiu 1,47%, a R$ 20,06. Nos últimos 12 meses, os ativos acumularam alta de 74,43%.