A Embraer (EMBR3) contratou o Itaú Unibanco para assessorar no aporte do auxílio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). A informação foi divulgada pelo jornal “O Estado de S.Paulo”, nesta terça-feira (6).
O auxílio do BNDES deve ficar entre US$ 1 bilhão (R$ 5 bilhões) e US$ 1,5 bilhão. O pacote socorro ocorre após a Boeing desistir do acordo bilionário com a Embraer.
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Segundo o veículo jornalístico, no qual consultou três fontes, a operação deve contar ainda com apoio de outros bancos privados que foram convidados, mas ainda não estão envolvidos nas negociações.
O interesse das instituições financeiras privadas é na concessão de crédito, e não na compra de participação da fabricante brasileira. O pacote de ajuda deve envolver crédito novo e alongamento de prazo de dívidas já contratadas. Além disso, são consideradas novas emissões de títulos de dívida e bônus de subscrição de ações.
O pacote de socorro do BNDES não será destinado para a liquidez da empresa, visto que, esse não é o problema da fabricante, que possui caixa para honrar seus principais compromissos. Mas, para posiciona-la na competição internacional, o que era previsto em acordo com a Boeing. Ou seja, as negociações são estratégias de longo prazo.
Boeing desiste de acordo bilionário com a Embraer
A Boeing desistiu do acordo bilionário com a brasileira Embraer devido a crise da pandemia do novo coronavírus (covid-19). A negociação com a fabricante norte-americana de US$ 4,2 bilhões (R$ 23,8 bilhões) consistia na fusão das duas empresas, com participação de 80% da Boeing.
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Além da crise do coronavírus, a companhia norte-americana sofre pressões políticas do presidente do Donald Trump com as medidas para manter a Boeing viva em meio as dificuldades. O acordo bilionário já havia sido aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e tinha até abril para ser ratificado.
“A Embraer era uma fonte importante para os engenheiros para viabilizar a montagem de um novo Boeing do tamanho médio, mas não parece que esse projeto sairá do papel tão cedo”, disse o vice-presidente da consultoria de aviação norte-americana, Teal Group, Richard Aboulafia, à revista Veja.